
Em  ato em frente ao prédio Matriz I da Caixa, nesta sexta-feira (16),  dirigentes do Sindicato e de entidades associativas denunciaram a  resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de  Administração de Participações Societárias  da União (CGPAR) como ameaça ao futuro do Saúde Caixa por reduzir a  participação da empresa no financiamento da assistência e excluir novos  empregados do plano. 
O protesto se insere no processo de mobilização nacional deflagrado  no último dia 14, em defesa do Saúde Caixa para todos, conforme  deliberação do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef),  realizado nos dias 1º e 2 de agosto, em São Paulo.
Durante o ato no Matriz I, a secretária de Saúde do Sindicato,  Vanessa Sobreira, também empregada da Caixa, associou o ataque do  governo ao Saúde Caixa à transformação da assistência em produto a ser  explorado pelo mercado. “É a lógica da privatização.  Buscam destruir os planos de saúde das estatais para abrir espaço para  as gestoras de planos privados, assim como buscam desmantelar o Sistema  Único de Saúde (SUS) para deixar o atendimento à população à mercê dos  interesses empresariais”, ressaltou a diretora.
O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, que é empregado do  banco, definiu o Saúde Caixa como uma conquista histórica, fruto da  mobilização dos empregados e da capacidade de negociação das suas  representações. “Hoje, a destruição do Saúde Caixa não  é apenas uma ameaça, ela está acontecendo. A CGPAR 23 reduz a  participação da Caixa no financiamento, com ônus imediato para todos  nós, e compromete o equilíbrio do plano, que logo se tornará  insustentável”, alertou.  
Novos empregados já foram excluídos do Saúde Caixa e terão apenas  reembolso de no máximo 50% das despesas médicas. A exclusão atinge,  inclusive, Pessoas com Deficiência (PCDs). A empresa alega que a CGPAR  23 impede que também essas pessoas sejam atendidas  pelo plano. Com isso, duas mil PCDs que estão sendo contratadas em todo  o país, por determinação judicial de cumprimento da cota de 5%, podem  ficar fora do plano. 
A mobilização nacional dos empregados exige da empresa a garantia  de assistência pelo Saúde Caixa a todos os novos contratados, Pessoas  com Deficiência ou não.  “Nossa luta é por isonomia plena”, diz Antônio  Abdan, secretário de Relações com a Comunidade  e também empregado da Caixa.
















Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília
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