

O ministro ilegítimo da Educação, Mendonça Filho (DEM), anunciou que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) contra a disciplina ofertada pela UnB – Tópicos especiais em Ciência Política: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil. Para denunciar o ataque à autonomia universitária e à democracia, será realizado ato dia 1º de março, às 10h, no Plenário 1 da Câmara Federal, Anexo II.
“Este ministro ataca a Universidade de Brasília, ataca a autonomia da universidade, ataca a liberdade de pensamento e quer impor a sua concepção canhestra, o seu golpismo como mordaça à universidade”, criticou a deputada Erika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos.
No dia 22 de fevereiro, a parlamentar ocupou a tribuna da Câmara para rechaçar a arbitrariedade praticada por Mendonça Filho. A deputada observou que essa tentativa de o governo ilegítimo de Michel Temer calar a UNB não terá êxito. Segundo Erika, o golpe praticado contra a vontade do povo brasileiro é “um fenômeno que ainda se repercutirá por muito tempo neste País”.
Ela lembrou que o golpe que começou armado [Golpe de 1964], vestido de paletós e, que, uma vez ou outra, assume togas, agora, veste as suas fardas. “Por isso eu venho aqui prestar a minha solidariedade e dizer que nós vamos resistir. A Universidade de Brasília tem história. Ela foi pensada por Darcy Ribeiro que dizia, dentre outras coisas: ‘Só há duas opções nesta vida, se resignar ou se indignar’. E eu não vou me resignar nunca!”, avisou Erika.
A deputada destacou ainda o papel das instituições de ensino superior. Para ela, a universidade foi criada para ter os pés no chão e transformar a realidade. Lembrou também, que a UnB “é a universidade de Florestan Fernandes”, é o espaço onde professores abriram mãos dos seus empregos e resistiram à ditadura militar. “E agora me vem um ministro que acha que pode calar a democracia, que pode calar a inteligência humana, que pode calar a consciência crítica e que pode processar a universidade porque um educador ousa discutir os fenômenos que estão beijando a face do povo brasileiro”, questionou.
Fonte: PT na Câmara e CUT Brasília
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