A onda de criminalidade que vem assolando o Distrito Federal tem provocado temor entre os bancários. O número de explosões de caixas eletrônicos tem se avolumado, o que contribui sobremaneira para aumentar a sensação de insegurança.
Na madrugada da última sexta-feira (6) e na madrugada desta segunda-feira (9), duas agências do BRB foram vítimas desta modalidade de crime, as agência da Praça do DI em Taguatinga (foto) e de Vicente Pires. Um elemento que se adiciona a essa sensação de insegurança, especialmente no que se refere aos ataques a caixas eletrônicos, é que não estão restritos a regiões periféricas e pontos de fácil fuga para os criminosos. As agências do BRB atacadas nos últimos dias se localizam em áreas de residências, comércio e grande fluxo de pessoas. Estão próximas, inclusive, de posto policial e delegacia. Ou seja, a ousadia da bandidagem está aumentando.
Provavelmente esta ousadia dos criminosos se deva ao fato de que o governo de Brasília parece ter perdido a batalha da segurança, pois os números de crimes no DF têm crescido assustadoramente, não só aqueles contra os bancos, mas sobretudo contra as pessoas.
Paralelamente a isso, o governo tem se especializado em mobilizar sua polícia para ações repressivas contra a sociedade, todas as vezes que esta se manifesta contra um desmando dos governos local e federal, haja vista o aparato e contingente deslocado para reprimir, com extrema violência, as últimas manifestações ocorridas em Brasília, no dia 13 de dezembro passado, contra a PEC da Morte, aprovada pelo Congresso, e na última semana contra o aumento das passagens do transporte público do DF.
“Provavelmente se o governador de Brasília tivesse empenho para combater a criminalidade com o mesmo empenho com que reprime a livre manifestação democrática, os números de crimes em Brasília não estariam tão alarmantes. É triste percorrer regiões enormes das cidades do DF e perceber a falta de segurança que assola os moradores. É uma inversão triste, que resulta no que se vê, se vive e se percebe no DF, um sentimento de medo e de insegurança”, destaca o diretor do Sindicato Eustáquio Ribeiro.
“Embora os ataques ocorridos recentemente tenham sido de baixo impacto material, o Sindicato se coloca à disposição de todos os bancários que direta ou indiretamente têm sido alvo destas situações de violência, e espera que os bancos, em especial o BRB, alvo dos último ataques, também preste o apoio devido e necessário para trabalhadores e clientes do banco, pois, mais do que dano físico, o pior dano é o medo que se espalha diante de acontecimentos deste tipo”, afirma Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato, que cobra ainda a permanência de vigilantes 24 horas nas agências, conforme determina a lei de autoria do deputado distrital Chico Vigilante recentemente sancionada pelo governador.
Da Redação
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