O assalto ao BRB da região administrativa do Recanto das Emas é mais um capítulo na triste situação de segurança do Distrito Federal, e se insere em uma estatística assombrosa de crescimento da violência que tem aterrorizado os moradores de Brasília.
A agência Recanto das Emas, em particular, gera medo nos bancários do BRB que para lá são alocados, pois possui uma história arrepiante: já passou por um assalto em que um funcionário foi assassinado, ha mais de dez anos, e, mais recentemente, em uma ação digna de cinema, bandidos roubaram mais de R$ 150 mil da tesouraria, sem que ninguém e nenhum equipamento de segurança detectasse.
E o pior, sobre esse segundo assalto, a única pessoa que está ‘pagando’ pela insegurança é o funcionário que à época era o tesoureiro da agência, que no momento do assalto nem estava no local. Ele está sendo vítima de uma tomada de contas especial do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que exige dele a devolução do montante roubado. Quando o assunto é disponibilizar mecanismos mais eficazes de segurança, nenhuma palavra do banco, nem do governo.
Para o crescimento vertiginoso da violência no DF, e em particular a mais este assalto a uma agência do BRB, o governador responde com uma indicação desastrosa para a presidência do banco, o que demonstra sua ‘preocupação’. Mais investimentos em segurança, sobre isto nada a declarar.
Aliás, pelo visto, a preocupação do governador é apenas em se manter no poder, usando tudo o que estiver disponível, seja moral ou não, justo ou não, para se cercar de um grupo de pessoas que comunguem deste mesmo objetivo: a permanência no poder, inclusive para além de 2014. Triste sina de Brasília, cujos cidadãos terão que recorrer aos céus para se sentirem protegidos, sem falar em ter acesso a outras políticas públicas como saúde e educação, completamente ausentes em seu governo, haja vista sua péssima avaliação popular.
O Sindicato dos Bancários de Brasília continua sua árdua cobrança por mais rigor na segurança bancária, pois os trabalhadores bancários não podem permanecer neste ambiente de insegurança que corrói sua saúde em todos os aspectos, e o governo do DF, em especial o governador, deve sair desta letargia, se preocupar com os problemas reais da população e buscar saídas, ao invés de se ocupar apenas com sua permanência no poder, como estes acordos de acomodação política que agora alcançam o BRB com esta sofrível indicação para sua presidência.
Da Redação
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