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13 de Abril de 2016 às 14:09

Artigo: A ética peculiar de Celina Leão

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Por Antonio Eustáquio Ribeiro*

A presidenta da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão, de origem política rorizista, e atualmente abrigada no PPS, um dos partidos artífices do golpe em curso contra a democracia brasileira, demonstra, em função de suas posições públicas, uma ética muito peculiar e particular.

A deputada reiteradamente tem dito que pretende abrir uma CPI para investigar a construção do estádio nacional no governo Agnelo Queiroz.

Nada contra investigar a megalômana obra do governador que consumiu mais de R$1,7 bilhão de reais do povo de Brasília. Porém, antes de denunciar outros por corrupção, a deputada deveria dar uma olhada mais atenta ao seu redor, pois está cercada de pessoas que podem trazer muita dor de cabeça a ela.

A deputada, que defende o impeachment da presidenta Dilma, que pode ser apeada do poder sem ter cometido nenhum crime, é bom que se diga, tem origem nas hostes de um dos personagens mais controverso da política de Brasília, Joaquim Roriz, sobre quem pairam inúmeras dúvidas sobre corrupção, tendo ele, inclusive, renunciado ao cargo de senador para fugir de um processo de cassação no Senado Federal. É quase certo que a deputada já conhecesse o senhor Valério Neves de outros carnavais (preso na última etapa da operação Lava jato), visto que ele sempre foi homem de confiança de Roriz e Luiz Estevão, aliás, outro ex político preso e enroladíssimo com problemas de corrupção, que tem um importantíssimo aliado também ocupando cargo vistoso na Câmara Legislativa presidida por Celina.

Agora, em mais um episódio da eterna operação Lava jato, que pela demora deixou de ser jato há muito tempo, o conhecido Valério Neves, nomeado por Celina para o cargo de secretário geral da CLDF, foi preso acusado de ser um dos intermediários do ex deputado e ex-senador Gim Argello em esquemas de corrupção envolvendo a Petrobrás. Gim também é fruto do rorizismo, e outro sobre quem pairam inúmeras denúncias de corrupção.

É improvável que Celina desconhecesse a obscura atuação de Valério, pois eles são confrades de longa data dentro do arcabouço rorizista.

Estranho é a deputada ter uma sanha “ética e investigatória” contra qualquer ato praticado por alguém do PT, e permitir que uma figura carimbadíssima como Valério Neves ocupasse o cargo mais relevante da Câmara que preside.

*Antonio Eustáquio Ribeiro é diretor do Sindicato

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