Embora o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), tenha editado portaria para contratar empresa para aferir o valor do BRB, funcionários graduados do Bradesco estiveram na sede do BRB coletando dados, provavelmente com a finalidade de fazer oferta ao governador pela aquisição do controle do banco.
Houve, inclusive, na quinta-feira, 6 de dezembro, reunião entre o governador, o presidente interino do BRB, Francisco Flávio, e um vice-presidente do Bradesco.
Ao mesmo tempo em que acontece isso, fatos negativos que ocorreram em anos anteriores e que afetaram injustamente a imagem do banco continuam a se repetir. Por exemplo, contratos da informática, operação de crédito irregular, entre outros. Esses fatos devem ser investigados com rigor e relatados ao governador Arruda, em caso deste não ter conhecimento do que ocorre dentro do BRB.
Estes fatos reforçam a necessidade de os funcionários se engajarem na luta em defesa do BRB, e contra a privatização. Neste sentido, é fundamental a atuação de todos, em especial do segundo escalão do banco, que são funcionários de carreira, sabem o que está acontecendo, tem informações estratégicas sobre o BRB. Esses colegas devem se engajar mais efetivamente na defesa do BRB, inclusive nestas situações em que perduram o uso indevido do BRB, afirma Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.
Além de a equipe do Bradesco ter ido ao BRB, Francisco Flávio e Arruda almoçaram com um vice-presidente do banco privado. Cabe perguntar quais as reais intenções para manutenção dessas práticas no banco?, indaga André Nepomuceno, diretor do Sindicato e funcionário do banco. Essas práticas somadas a interinidade da diretoria do banco por mais de um ano de governo, bem como a aproximação com grandes bancos privados podem servir como ambiente que justifique o discurso do governador de que o Estado não tem condições de gerir o BRB, completa André Nepomuceno.
Na avaliação do Sindicato, o discurso do governador Arruda é ambíguo, pois ao mesmo tempo em que vê com bons olhos a incorporação do BRB pelo Banco do Brasil, autoriza o Bradesco a coletar dados dentro da sede do BRB.
O BRB tem que continuar como banco público do Distrito Federal. A alternativa mais viável para Brasília e para o funcionalismo do banco seria o BRB continuar sendo administrado pelo GDF e/ou a incorporação pelo BB. Privatização jamais, destaca Kleytton Morais, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.
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