 | Com as especulações crescentes sobre demissões no ABN Real após a venda do banco holandês para o britânico Barclays por 67 bilhões (R$ 181,8 bilhões) , o Sindicato paralisou nesta quinta-feira 26 por uma hora, das 11h ao meio dia, |
o atendimento de duas agências do ABN em Brasília: Setor Comercial Sul e 716 Sul.
 | Com as especulações crescentes sobre demissões no ABN Real após a venda do banco holandês para o britânico Barclays por 67 bilhões (R$ 181,8 bilhões) , o Sindicato paralisou nesta quinta-feira 26 por uma hora, das 11h ao meio dia, o atendimento de duas agências do ABN em Brasília: Setor Comercial Sul e 716 Sul.
É a maior fusão do mercado financeiro mundial dos últimos anos. A unidade norte-americana LaSalle será vendida ao Bank of America por US$ 21 bilhões (R$ 42 bilhões). O novo banco teria 220 mil funcionários e 47 milhões de clientes. A nova instituição financeira será a segunda maior da Europa, com patrimônio líquido de 54,5 bilhões.
Após a paralisação, fizemos reuniões com os bancários para discutir garantia no emprego, situação de instabilidade, salários, turnover, saúde e condições de trabalho, metas, e plano de saúde para pais e mães, afirma José Anilton, diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro |
Norte (Fetec-CN), lembrando que há especulações de que 20 mil postos de trabalho serão fechados em todo mundo após a fusão. Durante as atividades no ABN, que ocorreram em todo o país, os representantes dos sindicatos fizeram a leitura de manifesto e distribuíram material sobre a venda do banco.
Demissões
Em reunião nesta quinta 26, entre a Contraf-CUT, o coordenador da Comisssão Nacional dos Funcionários, o Sindicato de São Paulo e a direção de RH do ABN Real, a diretora do banco Mônica Cardoso assumiu compromisso público de que o banco não demitirá no Brasil nem fechará agências e que qualquer mudança que ocorrer será negociada antes com os trabalhadores e seus representantes.
Afirmou que, pelas informações que detém, o banco não será dividido no Brasil porque o Barclays não tem agências e considera o Brasil um mercado importante, inclusive há um plano de crescimento agressivo, em que está prevista a abertura de 50 novas agências.
Apesar do compromisso do banco de que não demitirá, precisamos ficar atentos e mobilizados porque o que garante o emprego e os direitos dos bancários é sua organização, alerta Rodrigo Britto, diretor do Sindicato.
Na reunião, foi tratada ainda a situação do Sudameris, que em 30 de agosto passará para a bandeira ABN. A diretora afirmou que nesse caso também não haverá fechamento de agências nem demissões.
Carta
Na terça-feira 24, o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, entregou ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, carta sobre as fusões entre os bancos Barclays e ABN Amro, que anunciaram que realizarão 23.600 demissões no mundo. O documento foi entregue durante o seminário internacional "Organização Sindical e Relações de Trabalho - A luta dos trabalhadores na Itália e no Brasil", realizado em São Paulo.
O texto solicita apoio do governo brasileiro, no sentido de abrir negociações com as direções dos bancos envolvidos, bem como, na construção de um acordo de trabalho que garanta ou estabeleça mecanismos de proteção ao emprego no banco Real ABN AMRO. Após receber a carta, o ministro se comprometeu a ajudar a construir um acordo junto ao banco que preserve os direitos dos trabalhadores.