Banco do Brasil

7 de Maio de 2007 às 12:44

Após lucro de R$ 6 bilhões, demissões no BB

Compartilhe

O Banco do Brasil está lançando hoje, às vésperas de completar 200 anos, mais um programa de reestruturação envolvendo demissões, fechamento de unidades e terceirização de serviços. É a continuação do processo iniciado em 1995 no governo FHC.

O Banco do Brasil está lançando hoje, às vésperas de completar 200 anos, mais um programa de reestruturação envolvendo demissões, fechamento de unidades e terceirização de serviços. É a continuação do processo iniciado em 1995 no governo FHC.

Os funcionários do BB conhecem as conseqüências desses programas. Já enfrentaram em governos passados outros similares, como o Abrindo a Caixa Preta, Novo Rosto, Plano de Demissões Voluntárias (PDV), Plano de Adequação (PAQ) e Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI).

Funcionários e funcionárias do país inteiro estão em estado de tensão máxima ante a perspectiva de medidas que prevêem fechamento de unidades e demissões. Representam uma agressão contra os mais de 85 mil trabalhadores do BB, que têm construído por anos seguidos os maiores lucros do Sistema Financeiro Nacional. Somente em 2006 foram R$ 6 bilhões de lucro líquido.

A direção do BB, que se apresenta ao mercado como defensora das melhores práticas de governança corporativa, da transparência e de responsabilidade socioambiental, sequer procurou as entidades sindicais para discutir um pacote que mexerá novamente com a vida de milhares de pessoas. E que certamente vai piorar o atendimento aos clientes.

É estranho que, enquanto o governo adota medidas para destravar gargalos para o crescimento da economia e do nível de emprego, uma empresa que tem a União como acionista controlador anuncie um pacote de medidas que vai na direção contrária ao que quer o governo federal. Pois redução de postos de trabalho, demissões e terceirização de serviços não têm sido o discurso do atual governo — e não é o que outras empresas públicas estão fazendo, inclusive a Caixa Econômica Federal, que estão acabando com a terceirização.

As medidas anunciadas hoje são típicas do pensamento dominante que ainda reina no Banco do Brasil, mesmo depois de quatro anos de Governo Lula. Predominam uma visão e uma prática semelhantes aos dos bancos privados, focadas exclusivamente na venda de produtos e na busca de lucros, desprezando o imprescindível papel estratégico que o BB pode e deve desempenhar para abaixar os juros, reduzir tarifas e fomentar o desenvolvimento econômico do país.

O funcionalismo do BB já denunciou inúmeras vezes esse desvirtuamento da função que um banco público deve desempenhar para ajudar o Brasil a crescer, gerar empregos e ampliar a inclusão social.

O Sindicato dos Bancários de Brasília e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) estão tomando uma série de  medidas nos campos jurídico e político (o que inclui pedidos de audiências com os ministros da Fazenda, do Planejamento e do Trabalho e com o Ministério Público do Trabalho, além de gestões no Congresso Nacional) para impedir que o BB implemente essas medidas nocivas aos bancários e à sociedade brasileira.

Do governo federal, responsável pela direção do banco, esperamos o mesmo sentimento, cobrando mudança de rota, pois um governo democrático e popular não pode concordar que seus subordinados apliquem medidas iguais às de governos passados, que tiveram resultados desastrosos para a empresa e para o funcionalismo. É isso o que os funcionários esperam do presidente Lula.

Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
Sindicato dos Bancários de Brasília

Acessar o site da CONTRAF
Acessar o site da FETECCN
Acessar o site da CUT

Política de Privacidade

Copyright © 2025 Bancários-DF. Todos os direitos reservados

BancáriosDF

Respondemos no horário comercial.

Olá! 👋 Como os BancáriosDF pode ajudar hoje?
Iniciar conversa