A mobilização nacional dos empregados da Caixa Econômica Federal, que se intensificou nos últimos dias com atos em diversas capitais, incluindo Brasília, garantiu um avanço importante nas negociações do Saúde Caixa. Em nova rodada de mesa realizada nesta sexta-feira (10), foi assegurado reajuste zero nas mensalidades do plano, uma conquista que reafirma a força da mobilização coletiva e o papel decisivo da unidade da categoria.

Desde os atos realizados na capital federal, como o fechamento da Filial 1 no Setor Bancário Sul, os trabalhadores demonstraram engajamento e disposição para defender um dos principais direitos da categoria. A pressão exercida foi determinante para que a Caixa recuasse da proposta anterior, amplamente rejeitada por encarecer a participação dos titulares e dependentes no custeio do plano.

Para o dirigente do Sindicato Antonio Abdan, que também representa a Fetec-CUT/CN na mesa de negociação com a Caixa, o resultado é fruto direto da mobilização nacional. “O momento é crucial. As manifestações mostraram que estamos mobilizados e dispostos a lutar pelo Saúde Caixa. Precisamos continuar demonstrando força e unidade para garantir um plano sustentável, sem aumento de custos para os empregados”, afirmou Abdan.

Em mesa de negociação, as entidades representativas conquistaram a manutenção da alíquota atual para titulares (3,5%) e o valor fixo de dependentes (R$ 480). A proposta anterior, que previa elevação para 5,5% para titulares e reajuste de dependente para R$ 672, foi rejeitada. Essa vitória simboliza a retomada de um compromisso histórico da categoria: reajuste zero nas mensalidades e defesa do modelo de custeio 70/30.

Outros pontos negociados que avançaram incluem:

• manutenção dos princípios de mutualismo, solidariedade e pacto intergeracional;
• ampliação do plano para filhos até 27 anos com valor teto de R$ 800;
• aporte ao Saúde Caixa para cobrir déficits decorrentes de decisões judiciais de natureza salarial;
• impossibilidade de reentrada no plano para quem sair, com exceções previstas no novo acordo;
• carência de 3 meses para novos empregados;
• criação de uma mesa permanente para debater medidas estruturantes em 2026.

Victor Queiroz
Colaboração para o Sindicato