Banco do Brasil

30 de Junho de 2008 às 10:27

Após 11 anos, bancários do BB realizam paralisação fora da data-base

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O presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, fala durante manifestação em frente ao Sede III do BB; ao lado, bancários participam da paralisação de duas horas

Descontentes com a falta de avanços nas negociações específicas, os funcionários do Banco do Brasil paralisaram por duas horas, no último dia 25, diversas agências, unidades e edifícios no Distrito Federal, incluindo manifestação no Setor Bancário Sul e na Tecnologia (edifício sede IV). Há 11 anos que os bancários do BB não faziam uma paralisação nacional fora da data-base.

“Com certeza esse descontentamento dos funcionários do Banco do Brasil será descarregado na campanha salarial deste ano”, prevê Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

Gerentes tentam inibir movimento, mas paralisação foi vitoriosa

Diversos bancários denunciaram que gerentes de dependências ameaçaram e pressionaram funcionários que participaram da paralisação de duas horas em Brasília. O objetivo era inibir o movimento da categoria, porém, mesmo contra a vontade dos gerentes, a paralisação foi vitoriosa e surpreendeu pelo engajamento e unidade.



“Os bancários demonstraram o quanto estão insatisfeitos com as diretrizes da direção do BB, que insiste em conduzi-lo como se fosse um banco privado”, destaca Rodrigo Britto.

A decisão dos bancários de cruzar os braços foi tomada em assembléia na noite do dia 24, no Setor Bancário Sul, seguindo orientação da Comissão de Empresa dos Funcionários, e fez parte da campanha Acorda Diretoria – Banco para o Brasil.

Sindicato distribui carta durante
sessão solene em homenagem ao BB

Durante a sessão solene em homenagem aos 200 anos do Banco do Brasil, realizada no plenário da Câmara dos Deputados no dia 25, diretores do Sindicato e bancários entregaram aos parlamentares carta sobre o papel do banco e o tratamento ilegal e opressivo da direção do BB. Assinado por William Mendes, secretário de Im-prensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e funcionário do banco, o texto, intitulado “Pra que serve o Banco do Brasil?”, também foi entregue ao presidente do banco, Antônio Francisco de Lima Neto, vice-presidentes, diretores, gerentes e bancários que participaram da sessão.

“Os diretores do BB não podem mais fugir da sua responsabi-lidade direta nos problemas que o funcionalismo vem passando”, diz Rafael Zanon, diretor do Sindicato.

Respeito à população

Durante as paralisações do dia 25, diretores do Sindicato fizeram a entrega de nota comunicando os motivos dos protestos e pedindo compreensão à população. O indi-cativo era a realização de uma greve de 24 horas, mas no entendimento dos bancários isso prejudicaria clientes e usuários, principalmente os de menor renda.

Conselho Diretor aumenta o própriosalário em 30%

Intransigentes em atender às reivindicações dos bancários, integrantes do Conselho Diretor do BB não pensaram duas vezes em aumentar o próprio salário em 30%.   

Principais reivindicações

Entre as medidas rechaçadas pelos bancários estão a prática de assédio moral, a imposição de metas absurdas, o não pagamento das horas extras e falta de transparência nos processos seletivos internos. Além da solução desses problemas, os bancários reivindicam ainda a criação de um outro Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), o fim da lateralidade, respeito a jornada de 6 horas, a contratação de mais funcionários, melhores condições de trabalho e isonomia de direitos para os novos funcionários.

Sindicato faz reunião sobre as 7ª e 8ª horas

Na quarta-feira 25, mesmo dia da paralisação de duas horas, o Sindicato realizou reunião com os bancários sobre as 7ª e 8ª horas. Advogados da entidade explicaram os procedimentos para entrar com ações na Justiça contra o banco. O Sindicato realizará novas reuniões do departamento jurídico com os bancários do BB para tirar dúvidas sobre o assunto.

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