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Gerentes tentam inibir movimento, mas paralisação foi vitoriosa
Diversos bancários denunciaram que gerentes de dependências ameaçaram e pressionaram funcionários que participaram da paralisação de duas horas em Brasília. O objetivo era inibir o movimento da categoria, porém, mesmo contra a vontade dos gerentes, a paralisação foi vitoriosa e surpreendeu pelo engajamento e unidade.
Os bancários demonstraram o quanto estão insatisfeitos com as diretrizes da direção do BB, que insiste em conduzi-lo como se fosse um banco privado, destaca Rodrigo Britto.
A decisão dos bancários de cruzar os braços foi tomada em assembléia na noite do dia 24, no Setor Bancário Sul, seguindo orientação da Comissão de Empresa dos Funcionários, e fez parte da campanha Acorda Diretoria Banco para o Brasil.
Sindicato distribui carta durante
sessão solene em homenagem ao BB
Durante a sessão solene em homenagem aos 200 anos do Banco do Brasil, realizada no plenário da Câmara dos Deputados no dia 25, diretores do Sindicato e bancários entregaram aos parlamentares carta sobre o papel do banco e o tratamento ilegal e opressivo da direção do BB. Assinado por William Mendes, secretário de Im-prensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e funcionário do banco, o texto, intitulado Pra que serve o Banco do Brasil?, também foi entregue ao presidente do banco, Antônio Francisco de Lima Neto, vice-presidentes, diretores, gerentes e bancários que participaram da sessão.
Os diretores do BB não podem mais fugir da sua responsabi-lidade direta nos problemas que o funcionalismo vem passando, diz Rafael Zanon, diretor do Sindicato.
Respeito à população
Durante as paralisações do dia 25, diretores do Sindicato fizeram a entrega de nota comunicando os motivos dos protestos e pedindo compreensão à população. O indi-cativo era a realização de uma greve de 24 horas, mas no entendimento dos bancários isso prejudicaria clientes e usuários, principalmente os de menor renda.
Conselho Diretor aumenta o própriosalário em 30%
Intransigentes em atender às reivindicações dos bancários, integrantes do Conselho Diretor do BB não pensaram duas vezes em aumentar o próprio salário em 30%.
Principais reivindicações
Entre as medidas rechaçadas pelos bancários estão a prática de assédio moral, a imposição de metas absurdas, o não pagamento das horas extras e falta de transparência nos processos seletivos internos. Além da solução desses problemas, os bancários reivindicam ainda a criação de um outro Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), o fim da lateralidade, respeito a jornada de 6 horas, a contratação de mais funcionários, melhores condições de trabalho e isonomia de direitos para os novos funcionários.
Sindicato faz reunião sobre as 7ª e 8ª horas
Na quarta-feira 25, mesmo dia da paralisação de duas horas, o Sindicato realizou reunião com os bancários sobre as 7ª e 8ª horas. Advogados da entidade explicaram os procedimentos para entrar com ações na Justiça contra o banco. O Sindicato realizará novas reuniões do departamento jurídico com os bancários do BB para tirar dúvidas sobre o assunto.
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