A alteração estatutária aprovada pela Dicol (Diretoria Colegiada) e pelo Consad (Conselho de Administração), que está em análise pelo GDF, traz embutidas algumas situações que geram preocupação pelo caráter de possibilidade de uso político do banco para fins de acomodações partidárias sem preocupação com a capacidade técnica, lisura e ética.
Isso ocorre porque, com a instituição de presidência, 4 vices presidências e 10 diretorias, prevista na reforma, o espectro para nomeações políticas cresce. Senão, vejamos. Hoje, o GDF tem a prerrogativa de indicar 8 pessoas para os cargos de presidente e diretores. Com a nova configuração, esse número chegará a 15 pessoas, pois, mesmo com a garantia de que uma vice presidência e cinco diretorias devam ser do quadro do banco, isso não impede que estas também obedeçam a caráter eminentemente político. Mesmo considerando que sobre os seis oriundos do quadro do banco não recaia esta situação, ainda assim o GDF preserva a prerrogativa de indicar nove pessoas.
O que preocupa o Sindicato é essa possibilidade de se abandonar a observância de critérios profissionais para a ocupação dos cargos, e tornar o BRB mais um alvo da especulação partidária, especialmente em função do infindável número de partidos que compõem a base do atual governo. Alguns sérios, outros nem tanto.
O Sindicato cobra que o BRB permaneça imune a este tipo de ingerência, mas não se pode esquecer que uma tentativa torpe já ocorreu com a iniciativa de nomeação de Abdon Henrique.
Aspectos da reforma que para o Sindicato não contribuem foram a recusa em alterar o estatuto, garantindo aos funcionários o direito de eleger um membro do quadro do banco para o Consad, e a obrigatoriedade de que todos os diretores fossem do quadro do BRB, a exemplo do BB, onde ambas as situações estão asseguradas.
Da Redação