
Num momento de total incerteza política e econômica que vive o Brasil, com ataques do governo golpista de Michel Temer aos direitos dos trabalhadores, e uma histórica greve nacional de 31 dias, a categoria bancária aprovou, em assembleia, a proposta negociada com a Fenaban para um acordo com duração de dois anos, válido até 31 de agosto de 2018.
Inicialmente, surgiram várias especulações e incertezas com o que poderá acontecer daqui para frente, levando em consideração o atual cenário do país, que a cada dia se revela mais desalentador. O receio era de que, ao aceitarem o acordo bianual, depois viriam as intempéries, numa era de direitos usurpados.
Porém, para o Sindicato é importante lembrar que o ajuste fiscal que o governo federal está implementando vai impor perdas aos trabalhadores. E isso poderia representar um grande risco à campanha salarial em 2017, quando serão aprofundadas as medidas de ajuste da economia e, consequentemente, provocar um cenário de perdas em dois anos.
Um exemplo de que o acordo bianual é favorável para os bancários é a aprovação da PEC 241, que limita os gastos públicos e limitará reajustes salariais e gastos com servidores, o que deve impactar o orçamento das empresas estatais, que é aprovado pelo Ministério da Fazenda.
Para este ano os bancários mantiveram a valorização de itens importantes como vales alimentação e refeição, requalificação profissional para combater as demissões no setor e auxílio creche.
Portanto, o acordo bianual traz segurança e fortalece a categoria, mantendo a unidade nacional entre os bancos públicos e os privados, com a garantia para o próximo ano não só da reposição integral da inflação, como mais 1% de ganho real em todas as verbas, com todas as cláusulas sociais mantidas.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
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