Banco do Brasil

13 de Outubro de 2025 às 10:13

A força dos associados da Previ: História de conquistas

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Como a liderança dos associados construiu uma trajetória de conquistas na Previ, culminando na criação do Estatuto de 1997 e do plano Previ Futuro

A história da Previ é marcada pela liderança coletiva dos associados, que transformaram desafios em conquistas históricas. Com sua capacidade de articulação e resistência, impulsionaram mudanças profundas, como a criação do Estatuto de 1997 e do Previ Futuro. Essa atuação consolidou um modelo de governança democrática, em que a participação e a transparência se tornaram pilares para a garantia de direitos e a construção de um futuro mais seguro para todos.

A greve nacional dos bancários de 1985, que completou 40 anos em setembro, foi um marco na história do Brasil. O movimento abriu espaço para acordos coletivos nacionais e redefiniu o papel dos trabalhadores na defesa de seus direitos. Nesse contexto, o fortalecimento do Movimento dos Funcionários do Banco do Brasil pela Saúde e Previdência, em conjunto com os sindicatos, foi decisivo para ampliar a participação dos associados na eleição de 1988 para a Previ.

Com essa vitória, representantes eleitos, apoiados pelos sindicatos e pelas principais entidades de representação do funcionalismo do BB, passaram a atuar diretamente na gestão do fundo, com capacidade de resistência, articulação e defesa coletiva dos interesses dos participantes.

A década de 1990 foi marcada por intensos debates e transformações. Privatizações, instabilidade econômica e mudanças no sistema previdenciário público trouxeram preocupações sobre a proteção dos direitos dos trabalhadores. O movimento sindical e os representantes dos associados da Previ atuaram de forma decisiva para resistir a imposições governamentais, como a obrigatoriedade de investimentos em títulos públicos de baixa rentabilidade, além de buscar garantir maior autonomia e transparência na gestão do fundo.

A reforma do Estatuto da Previ, aprovada em 1997, foi resultado desse processo de mobilização e negociação que começou com as lutas da década anterior. Antes da reforma, regras variadas no Plano 1, de benefício definido (BD), resultantes de alterações legais, causavam distorções e riscos à saúde financeira da entidade no longo prazo.

O novo Estatuto consolidou regras e benefícios, promovendo maior equilíbrio com os ajustes no Plano 1, que foi fechado para o ingresso de novos associados. Entre as conquistas, destacam-se o direito à aposentadoria aos 50 anos, a extensão da dependência dos filhos e o reajuste anual dos benefícios pela inflação. Além disso, oficializou o compromisso do Banco do Brasil com os funcionários admitidos até 1967, trazendo mais segurança para o futuro do plano.

O Previ Futuro foi criado em 1997, após o fechamento do Plano 1, e passou a ser oferecido aos funcionários que ingressassem no banco a partir daquele ano. Sua criação contou com forte atuação do movimento sindical, entidades e dos representantes eleitos, que desempenharam papel fundamental no processo de mobilização e negociação com o patrocinador. Com modelo de Contribuição Variável (CV), o Previ Futuro combina o sistema de Benefício Definido (BD) na fase de aposentadoria com o de Contribuição Definida (CD) na fase de acumulação, tornando-se referência em inclusão, flexibilidade e diversificação de investimentos.

Com o novo Estatuto, os associados passaram a eleger metade da Diretoria Executiva e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, ampliando a participação democrática na gestão, a principal fortaleza do modelo de governança da Previ. A estrutura de freios e contrapesos, por meio da gestão compartilhada entre associados e patrocinador foi fortalecida, garantindo decisões colegiadas e maior transparência.

Tentativas de terceirizar a gestão dos investimentos e reduzir diretorias foram combatidas pelos eleitos, pelo movimento sindical e pelo corpo técnico da Previ. A defesa do modelo de gestão por funcionários do Banco do Brasil, que também são associados dos planos, foi fundamental para proteger os interesses dos participantes e evitar interferências externas.

Em 2006, a criação dos Conselhos Consultivos por plano ampliou a participação e a inovação, por ser um espaço destinado a sugestões de mudanças relevantes. Além, é claro, de representar um espaço de formação de quadros que podem atuar na gestão da entidade.

A liderança dos associados impulsionou conquistas históricas e fortaleceu a governança democrática da Previ. A defesa de um projeto coletivo foi decisiva para construir uma entidade sólida e inovadora que é referência em transparência, participação, onde associados são soberanos. O legado do passado orienta, enquanto os desafios do presente pavimentam o futuro, o que exige de todos nós compromisso e envolvimento.

Rafael Matos trabalha na Previ, é funcionário do BB há 25 anos e foi o primeiro representante eleito pelos funcionários no Conselho de Administração do banco, o Caref

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