O ano nem bem começou e o Sindicato já iniciou as vistorias nos locais de trabalho. A primeira unidade a receber os dirigentes sindicais em 2012 foi a agência Lago Norte do Banco do Brasil. Na quarta-feira (18), representantes dos bancários conversaram com os colegas, e destacaram as melhorias nas condições laborais do local, que chegou a ser fechado em 2011 por funcionar com ar condicionado precário.

Em 9 de dezembro do ano passado, a agência foi fechada por falta de condições de trabalho. Mesmo com a temperatura de 30ºC registrada no local, os bancários estavam sendo obrigados a trabalhar com o ar condicionado em mau funcionamento. Em determinados locais, há incidência direta do sol, o que piorava a situação.

Também foram registrados problemas relacionados à segurança da agência, que não possuía alvará de funcionamento. Numa sala ao lado da bateria de caixas, era prestado atendimento aos clientes com manuseio de numerário sem câmeras de segurança, deslocando indevidamente um vigilante para acompanhamento do trabalho.

Agora, pouco mais de um mês após a vistoria do Sindicato, o banco consertou o ar condicionado, substituiu as persianas e instalou câmeras de segurança, entre outros itens.

Sindicalização

“É importante esse diálogo entre o Sindicato e os bancários para que possamos resolver os problemas depois que recebemos a demanda”, afirma a secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Fabiana Uehara. Ela ainda reforçou a necessidade de sindicalização e maior participação dos bancários nas atividades do Sindicato para o fortalecimento da categoria.

As ações judiciais cobrando indenizações de 7ª e 8ª horas também foram destaque na reunião. Diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN), Wescly Queiroz falou das ações do Sindicato na Justiça que pressionam o banco a implantar a jornada de 6 horas sem redução de salários. Ele também tirou dúvidas dos colegas sobre as ações dos assistentes de negócios, os asnegs. “A justiça reconheceu o direito desses trabalhadores a jornada legal de 6 horas. Muitos bancários já conseguiram vitórias em primeira e segunda instâncias no Tribunal Regional do Trabalho”, frisa.

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília