Representantes de sete federações de trabalhadores do ramo financeiro de todo o país reuniram-se na 7ª Conferência Nacional dos Financiários, e aprovaram a pauta de reivindicações. O encontro ocorreu nesta terça-feira 26, na sede da Contraf-CUT.
Após ratificado pela categoria, por meio de assembleias organizadas pelos sindicatos, a pauta de reivindicações será entregue e negociada com a Fenacrefi, sindicato patronal que representa as financeiras. O objetivo é a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho – instrumento onde estão clausulados todos os direitos e benefícios da categoria.
“É difícil mobilizar as financeiras [para se sentaram na mesa de negociação]. Hoje temos um número que não chega a sete mil representados pela nossa Convenção Coletiva de Trabalho, de um total de um milhão de trabalhadores que operam crédito. É um trabalho árduo, difícil, e a Fenacrefi também passou por mudanças. Vamos aproveitar o máximo da nossa experiência para organizar o ramo financeiro, levando em consideração a transformação que o setor vem passando, e que também nos faz pensar em um novo modelo de sindicalismo”, enfatizou Jair Alves, coordenador do Coletivo dos Financiários da Contraf-CUT.
Principais pontos da pauta aprovada
Durante a conferência, também foi aprovada a arte da comunicação da campanha, visando a mobilização e a participação da categoria; e o calendário para as próximas etapas.
A 7ª Conferência Nacional dos Financiários representa mais uma etapa da Campanha Nacional 2024, que teve seu início com a Consulta Nacional, realizada de 11 a 23 de março.
Consulta Nacional
Os resultados da Consulta Nacional foram o tema da primeira mesa do evento. A economista Catia Uehara, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou as preferências da categoria para a campanha.
Dos respondentes, 81,3% priorizam aumento real no salário, 72,5% escolheram reajuste diferenciado no VA e no VR e 62,1% responderam aumento da PLR. Cada respondente poderia escolher até três itens.
Nas questões sociais, as três opções mais citadas foram manutenção de direitos (61%), igualdade de oportunidades (29,7%) e melhores das condições de trabalho (27,5%).
Para conquistar tudo isso, 91% dos trabalhadores que responderam à pesquisa acreditam que a responsabilidade é de todos os financiários e estão dispostos a: conversar com colegas de trabalho sobre as reivindicações da categoria (43,4%), participar de reuniões e assembleias (39,6%) e participar de protestos e manifestações virtuais, como tuitaços e campanhas por redes sociais (32,4%).
Neste ano houve um aumento significativo na participação da consulta.
Perfil da categoria financiária
Durante a conferência foi traçado um perfil da categoria, baseado na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados revelam que em 2022, ano da última publicação da Rais, a categoria atingiu seu maior patamar histórico, com 8.381 trabalhadores. A distribuição entre sexo é equilibrada: 51% mulheres e 49% homens. A maioria dos trabalhadores (70%) possui entre 30 e 49 anos e ensino superior completo (87,7%).
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