O Sindicato, movimentos sociais e populares realizarão mais um ato, nesta quarta-feira (10), a partir das 10h, em frente ao Banco Central, contra os altos juros da taxa Selic.
A manutenção, pelo Banco Central, da taxa Selic em 15% segue sendo um entrave para a construção de um Brasil mais desenvolvido e justo. Pelo contrário, aprofunda as desigualdades sociais e impede o desenvolvimento econômico, servindo apenas para que os especuladores financeiros fiquem mais ricos e acumulem mais riqueza, em uma sangria permanente dos cofres públicos e do orçamento brasileiro.
O Brasil possui o segundo juro mais alto do mundo, perdendo apenas para a Turquia, que tem um juro de 17,8%. Em terceiro lugar está a Rússia, com uma taxa de 9,74%. Isso comprova que a política de preservação dos juros altos serve apenas aos especuladores financeiros.
Os juros altos impedem que a indústria possa captar recursos e aumentar sua produção, denúncia recorrente entre os empresários brasileiros. Também prejudicam os consumidores ao usarem o cartão de crédito, cheque especial ou ao fazerem compras parceladas, o que tem provocado o elevado endividamento das famílias brasileiras. Tudo isso dificulta a geração de empregos e o investimento na economia para elevar a produção. Ou seja, a alta taxa de juros impede a melhoria da qualidade de vida da imensa maioria da população brasileira.
Se os juros baixarem, o governo terá mais recursos para investir em políticas públicas e sociais, o que se torna cada vez mais difícil diante da continuidade dessa política monetária danosa ao desenvolvimento social e econômico nacional, que sequestra os recursos públicos e os salários dos trabalhadores.
É preciso que a classe trabalhadora e toda a sociedade se mobilizem para dar um basta a esse “Robin Hood ao contrário”, que tira dos pobres e repassa para os ricos.
O Sindicato seguirá conclamando a sociedade a se mobilizar para baixar os juros, retomar o desenvolvimento econômico e avançar na justiça social. Seguirá lutando pela democratização do COPOM, com sua ampliação e a inserção de representantes da sociedade em sua composição.
Ato contra os altos juros
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