Os diretores do Sindicato José Garcia (de azul) e Raimundo Dantas
(de camiseta rosa), na manifestação na agência do HSBC da 509 Sul
Em protesto contra o fechamento de uma série de agências e a onda de demissões praticados pelo banco em todo o país, o Sindicato retardou em uma hora na última sexta-feira 20 a abertura da agência do HSBC da 509 Sul, na via W3. Foram cerca de duzentos desligamentos nas duas últimas semanas no Brasil inteiro.
Durante a manifestação, diretores do Sindicato distribuíram nota à população, denunciando os abusos cometidos pelo banco e sua política truculenta para com os funcionários e também contra usuários e clientes. Em Brasília, vários terminais de auto-atendimento foram fechados. "Não há razão para uma prática de gestão descabida como essa. É inconcebível que, com um lucro recorde de R$ 1,35 bilhão em 2008, o HSBC trate os principais responsáveis por este montante com tamanha desconsideração. Sem contar as metas abusivas impostas aos trabalhadores e as péssimas condições de trabalho”, frisou o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC Raimundo Dantas.
O diretor do Sindicato lembra ainda que o HSBC lidera a lista do Banco Central das instituições financeiras que mais receberam reclamações de clientes e usuários.
As demissões em massa praticadas pelo HSBC vão na contramão do que o banco anunciara no início de março – que os 6.100 desligamentos ocorridos nos Estados Unidos não teriam relação com o Brasil. Mas os fatos desmentem o banco: em São Paulo, em torno de 80 bancários perderem o emprego só na semana passada.