Em frente à matriz da Caixa Econômica Federal, o Sindicato dos Bancários de Brasília realizou um ato para marcar os 164 anos do banco público, destacando tanto a história de sua contribuição social quanto os desafios que seus empregados enfrentam diariamente.
O evento teve como foco principal os trabalhadores e trabalhadoras da Caixa, responsáveis por manter a instituição funcionando, mas também por lidar com condições de trabalho cada vez mais precárias. “Estamos aqui para parabenizar os empregados da Caixa, que fazem o banco ser o que é, mas também para cobrar mais atenção da direção”, afirmou Antonio Abdan, secretário de Finanças do Sindicato e empregado da Caixa há mais de 35 anos. “A Caixa precisa de mais pessoas para atender à população e é urgente que se resolva a gestão do medo, acabando com o assédio moral que tem comprometido o ambiente de trabalho”, completou.
Embora os 164 anos da Caixa sejam motivo de reflexão, o Sindicato destacou que a comemoração não pode se dar sem a devida crítica às condições atuais enfrentadas pelos trabalhadores. “A Caixa continua sendo um gigante, mas é necessário que ela volte a ser um lugar bom para se trabalhar, como foi um dia”, afirmou Abdan, ressaltando que é preciso recuperar a Caixa para que ela cumpra seu papel público com qualidade.
Rafaella Gomes, diretora da Fetec-CUT/CN, também apontou para os impactos da política de gestão de pessoas da Caixa sobre a saúde dos empregados. “Como manter a saúde mental trabalhando em agências sucateadas, onde as filas estão quilométricas e os empregados vivem sobrecarregados?”, questionou Rafaella, destacando que a valorização dos bancários e bancárias deve ser uma prioridade para a direção do banco.
Elis Regina, secretária de Mulheres da Fetec-CUT Centro Norte e empregada da Caixa, enfatizou o impacto dessas condições na saúde dos trabalhadores. “O que observamos é um aumento no absenteísmo e no adoecimento dos empregados devido às metas abusivas e à insuficiência de pessoal. A Caixa precisa compreender que, para oferecer um atendimento de qualidade, é imprescindível também garantir qualidade de vida para seus empregados.”
“Viemos aqui exigir a revisão das metas e a realização das contratações necessárias para que todos os empregados possam trabalhar com dignidade”, completou.
O ato, portanto, refletiu a união da categoria em torno da defesa da Caixa como um banco público forte e eficiente. Os bancários destacaram a necessidade urgente de um ambiente de trabalho saudável e de mais contratações, elementos essenciais para garantir que a Caixa continue cumprindo seu papel social de atender a população brasileira com qualidade e excelência. A luta por melhores condições de trabalho segue sendo a principal bandeira da categoria, que exige um reconhecimento à altura do esforço diário dos seus empregados.
Da Redação