Sindicato exige respostas da Caixa sobre corte no trabalho remoto

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O Sindicato está cobrando explicações urgentes da Caixa após a instituição reduzir drasticamente o trabalho remoto sem consulta prévia à representação dos empregados. A nova política anunciada a partir de 1º de julho limita o home office a apenas dois dias semanais.

O comunicado interno da Caixa prioriza o retorno presencial para cargos operacionais. Associado ao problema no VPN, que foi totalmente desativado, resultou no retorno imediato dos empregados, não atentando sequer para o prazo de 15 dias estipulado por norma e por acordos coletivos.

A decisão, implementada unilateralmente, gerou “inquietação generalizada” entre os empregados, agravada por um “cronograma exíguo para adaptação”, conforme destaca ofício enviado pelo Sindicato à Caixa.

Para o Sindicato, a falta de participação das entidades representativas na discussão do home office é uma afronta aos princípios do diálogo que norteiam as relações com as entidades representativas dos empregados. O ofício destaca que a mudança brusca na rotina, a falta de transparência e a incerteza sobre o futuro estão “acabando com o ambiente corporativo e gerando uma sensação muito ruim”, além de favorecerem a “deterioração do clima organizacional” e aumentarem o “risco de adoecimento”.

Diante do cenário, o Sindicato cobra da Caixa esclarecimentos urgentes sobre os critérios para exceções ao novo regime de trabalho remoto, a definição clara da “hierarquização” e as situações que permitirão o trabalho remoto além dos dois dias semanais, além de exigir a manutenção do regime híbrido atual com ampliação da infraestrutura tecnológica e garantia de condições adequadas para o trabalho a distância.

“A questão aqui é principalmente de transparência e consideração para com os empregados. Por mais que a empresa precise se resguardar para não assustar o mercado e os clientes, esclarecimentos mínimos, posicionamentos e previsões precisam ser repassados aos empregados. Mudanças bruscas na rotina associada a indefinições e incerteza geram um clima propício ao abandono e adoecimento”, explica Antonio Abdan, diretor do Sindicato.

“Sofremos um ataque cibernético que fez com que a situação fugisse do nosso controle. Entendemos que a situação requer medidas drásticas e sigilosas, mas a situação não precisa se agravar mais ainda, gerando desespero e adoecimento do corpo funcional. A gestão da crise requer um pouco mais de transparência e respeito para com os empregados”, acrescenta o dirigente sindical.

Confira o ofício enviado pelo Sindicato à Caixa:

OF.170.2025-Solicitacao-de-esclarecimentos-e-manutencao-do-regime-hibrido-de-trabalho-1

 

Da Redação