Sindicato envia ofício à direção da Caixa cobrando solução para o caos no atendimento das agências

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Fila em frente à agência Paranoá: numa rotina desumana, apenas quatro empregados para atender mais de 400 clientes diaramente

O Sindicato tem atuado em várias frentes em defesa da Caixa Econômica Federal, de seus empregados, empregadas e usuários, diante do desrespeito e das péssimas condições de trabalho impostas pela atual gestão às agências.

Desde 2016, mais de 20 mil postos de trabalho foram cortados no banco, enquanto a carteira de clientes mais que dobrou, passando de 71,7 milhões para 152,5 milhões. Em 2015, a instituição contava com mais de 100 mil empregados; hoje, esse número caiu para menos de 84 mil. Ampliando ainda mais a demanda sobre as agências, durante a pandemia de Covid-19, mais de 105 milhões de contas poupança social digital foram abertas para o pagamento de benefícios sociais. Os dados são do Dieese.  

Em Brasília, o problema é agravado pela transferência de muitos empregados das agências para a Matriz, sem reposição de pessoal. Associada ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV), essa medida tem gerado um déficit crítico nas unidades.

Mobilização permanente

“Diante desse cenário, o Sindicato tem realizado atos e mobilizações para exigir a contratação imediata dos aprovados no último concurso e a ampliação do cadastro de reserva, sem a necessidade de novos certames, assegurando o preenchimento das vagas existentes e a reposição de empregados transferidos”, destaca Guilherme Simões, diretor do Sindicato.

Em 29 de setembro, foi realizado um protesto em frente à Matriz 1. A manifestação contou com a participação da deputada federal Erika Kokay, que reforçou a importância de ampliar o quadro de trabalhadores para fortalecer a empresa.

Em 13 de novembro, durante visita às agências, o Sindicato constatou que a unidade do Paranoá opera com apenas quatro funcionários, responsáveis por atender mais de 400 pessoas diariamente. Outras agências com grande volume de atendimento, como as de Planaltina, Ceilândia, Conjunto Nacional, Taguatinga e CNB 12, também enfrentam problemas similares. A situação foi agravada por um erro de planejamento da área de cartões, que fixou o vencimento de milhões de cartões para outubro de 2024, sobrecarregando ainda mais as unidades.

Para piorar, a Matriz tem convocado gerentes para Grupos de Trabalho sem projetos urgentes, em um momento crucial para as agências, que é o fechamento anual. Diante disso, o Sindicato encaminhou, no mesmo dia 13, um ofício à Vice-Presidência de Varejo (VIVAR), destacando a urgência das contratações.

Apoio no CA

Como parte da mobilização, o Sindicato conta com o apoio de Fabiana Uehara, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, que atua como interlocutora nas negociações junto à VIVAR.

A diretoria do Sindicato continuará mobilizada, promovendo ações junto à direção da Caixa, fiscalizando as condições de trabalho e defendendo os direitos da categoria e dos usuários. Proteger a Caixa é proteger um patrimônio público de todos os brasileiros.

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Da Redação