Em ofício encaminhado à Diretoria de Créditos de Clientes do BRB nesta quarta-feira (21), o Sindicato cobrou o agendamento de reunião para tratar de problemas que os funcionários vêm enfrentando, como o não recebimento de horas extras, em particular os caixas.
Segundo denúncias constatadas pelo Sindicato, o pagamento só vem sendo efetuado para as horas trabalhadas até o dia 10 de cada mês. Para o período após essa data, o banco nega o acerto, mesmo os funcionários trabalhando além da jornada ao longo de todo o mês. Em vez do pagamento, a proposta é que os funcionários “troquem” as horas por folgas ou faça a compensação.
O pior recai sobre os caixas antigos que, por determinação dos gestores (seguindo orientação da diretoria), são preteridos por caixas com menos tempo de casa na hora de fazerem horas extras e ainda são constrangidos a também compensá-las ou tirarem folgas. E caso não aceitem, têm que disponibilizar seus nomes para o chamado rodízio de funcionários entre locais de trabalho, prática comum do banco.
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Rodízio de bancários
O rodízio de funcionários é um ato administrativo da empresa que, apesar de estar previsto nos manuais do BRB, tem causado muita insatisfação. Os empregados têm ligado para os diretores do Sindicato relatando transferências que parecem ser verdadeiros castigos ou perseguições.
Para Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato, em questões desse tipo, o que se espera do banco é o bom senso de buscar alocar os trabalhadores de maneira que lhes traga o menor transtorno possível – no entanto, por vezes parece ser justamente o contrário aquilo que a instituição faz.
Vários funcionários foram transferidos para agências muito distantes e, mesmo conseguindo encontrar outros colegas para permutarem, são impedidos. Além disso, tem-se dito que há, por parte de um superintendente em especial, atitudes assediadoras e com constantes ameaças. O Sindicato informa que se tal situação for comprovada, tomará as medidas sindicais e jurídicas necessárias para fazer cessar a situação, e pede que os bancários denunciem o assédio para que possa agir tempestivamente junto ao gestor.
Para Cristiano Severo, secretário-geral do Sindicato e funcionário do BRB, o banco não precisa gerar descontentamento de seus funcionários com questões que podem ser administradas melhor. Ele alerta que o banco “tem de estar atento com pessoas que têm restrições ou necessidade de maiores cuidados em função do estado de saúde. Reivindicamos ainda que o banco reveja o impedimento imposto aos gerentes para que estes também possam permutar com outros colegas”, finaliza Cristiano.
Da Redação