Na última semana, os delegados sindicais do BRB participaram de uma reunião estratégica para debater o futuro da Saúde BRB. O encontro, realizado no auditório do Sindicato, apresentou análises financeiras, propostas de ajustes e cenários para garantir a sustentabilidade do plano, que atende cerca de 9.500 participantes, incluindo empregados ativos, aposentados e dependentes.
A apresentação iniciou com um resumo da trajetória da Saúde BRB, criado em 2002 como uma associação sem fins lucrativos. Desde sua origem, ainda em 1986, o programa passou por diversas gestões, incluindo transferências para a Regius, em 1997, e mudanças de razão social, em 2010. Atualmente, o plano é financiado por um tripé:
- Contribuições dos beneficiários: Percentuais sobre a remuneração (2% para titulares, 0,6% por dependente direto e 6% por agregado);
- Patrocínio do BRB: 4% para despesas assistenciais e 1,5% para administrativas;
- ANEABRB: Associação dos empregados que cobre 30% das despesas do Plano A1 e repassa 25% dos resultados positivos.
Preocupações com déficit e propostas
Um dos pontos críticos destacados foi o déficit projetado para 2025, caso não sejam implementados ajustes. Para tratar esse cenário, foi aprovado pelo Conselho Deliberativo da entidade a constituição do Grupo de Trabalho (GT) Saúde BRB, que tem se reunido analisando os dados, debatendo a situação e propondo cenários.
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) reforçou a urgência dos ajustes com dados: a inflação específica de planos de saúde acumulou 178,83% entre 2012 e 2023, enquanto as contribuições do BRB cresceram apenas 158% no período. A ANEABRB, por outro lado, ampliou sua participação nas contribuições, de 13,75% para 22,93%, sinalizando maior engajamento dos empregados.
“Precisamos garantir que os ajustes não sobrecarreguem os trabalhadores, especialmente em um contexto de inflação médica elevada”, destacou o diretor do Sindicato Robson Neri.
Como próximas etapas, após conclusão dos trabalhos, as propostas precisarão ser aprovadas na governança. O Sindicato reforçou que manterá diálogo aberto para esclarecer dúvidas e continuará na luta por um cenário que seja o mais junto possível para os trabalhadores.
Compra do Banco Master
A compra do banco Master gerou muita preocupação na base, e as delegadas e os delegados sindicais manifestaram suas posições e preocupações com o futuro do BRB, diante de um movimento tão polêmico que ganhou notoriedade no Brasil inteiro. Os vários questionamentos de especialistas criticando a compra também se fizeram presentes nas questões levantadas pelos delegados, que enxergam a compra como um mau negócio. Depois de um longo e excelente debate sobre o tema, os delegados e diretores fizeram uma manifestação em defesa do BRB. Veja a seguir:
O Sindicato irá realizar uma plenária para alinhar a base sobre o assunto. Fique atento às redes sociais e aos demais canais de comunicação do Sindicato.
Da Redação