A exemplo de anos anteriores, a Poupex apresentou em 2024 números bastante positivos, expressando o montante de R$ 131,8 milhões de resultado líquido (a Poupex não apresenta lucro líquido por ser uma instituição financeira sem fins lucrativos; sendo assim, não paga Imposto de Renda nem CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – em sua atividade principal). Isso foi fruto do árduo trabalho dos
mais de mil empregados da empresa, que dão toda sua força e capacidade na busca desses excelentes resultados. Porém, na contramão do que se espera de uma empresa com resultados tão bons, a Poupex tem adotado o mesmo comportamento que caracteriza os bancos privados como um todo: demissões sem justa causa e fechamento de escritórios.
No ano de 2024, segundo dados do balanço, foram 82 postos de trabalho perdidos, e, neste ano, já chegou a 25 o número de demissões imotivadas. Quanto aos escritórios (agências), ainda de acordo com o balanço, foram dois fechados, atitudes que contrastam com o resultado. “É uma gestão de pessoas que não visa o bem comum dos trabalhadores, que dedicam todo seu esforço para o alcance dos resultados. Infelizmente, a Poupex, que outrora era um exemplo de empresa privada quanto à estabilidade do corpo funcional, agora se iguala a Bradesco, Itaú, Santander e tantos outros bancos privados cujo trabalhador é peça descartável, e demissões em massa são o comum”, diz a economista do Dieese Paula Reisdorf.
Da Redação