O Itaú Unibanco registrou lucro líquido contábil de R$ 10,894 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 13,7% em relação aos R$ 9,583 bilhões obtidos no mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento das receitas financeiras e pelo controle das despesas operacionais, segundo levantamento do Dieese com base nas demonstrações contábeis do banco.
O resultado bruto da intermediação financeira cresceu 13,9% e alcançou R$ 19,852 bilhões. As receitas da intermediação financeira somaram R$ 74,784 bilhões, uma alta em relação ao primeiro trimestre de 2024. O destaque ficou para o crescimento de 57,1% nas receitas com recursos garantidores de provisões técnicas, que passaram de R$ 5,742 bilhões para R$ 9,021 bilhões. As operações de crédito também apresentaram avanço, com aumento de 9,2%, totalizando de R$ 36,605 bilhões.
Por outro lado, o resultado com títulos e valores mobiliários, derivativos e outros ativos caiu 12,2%, totalizando R$ 25,380 bilhões.
As despesas da intermediação financeira tiveram crescimento de apenas 0,6%, somando R$ 46,699 bilhões. As despesas com depósitos e captações no mercado aberto cresceram 8,7%, enquanto os gastos com provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização subiram 56,8%, alcançando R$ 8,707 bilhões.
A provisão para perdas de crédito aumentou 3,7%, atingindo R$ 9,400 bilhões. Já a recuperação de ativos baixados como prejuízo foi de R$ 1,167 bilhão, alta de 8,4%.
Nas demais operações, o banco registrou saldo negativo de R$ 5,481 bilhões nas outras receitas e despesas operacionais — 7,7% a mais que no mesmo período do ano anterior. As receitas com serviços e tarifas bancárias permaneceram estáveis em R$ 11,918 bilhões, enquanto o resultado com seguros, previdência e capitalização cresceu 16,4%. Por outro lado, as despesas de pessoal subiram 8,0% e as administrativas 9,0%.
O resultado antes da tributação sobre o lucro e participações foi de R$ 14,477 bilhões. Já as despesas com imposto de renda e contribuição social aumentaram 25,9%, somando R$ 3,168 bilhões. As participações no lucro dos administradores também subiram, com alta de 46,8%.
Apesar do aumento em alguns custos, o Itaú encerrou o trimestre com forte geração de lucro, refletindo sua estratégia de crescimento sustentado e maior eficiência operacional.
Stéffany Santos
Colaboração para o Sindicato