Homens de confiança de Temer são presos por corrupção

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No momento em que Michel Temer luta para permanecer no poder, as prisões dos seus aliados peemedebistas, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), causam grandes estragos político, dificultando as articulações, e podem ser a gota d’água para acelerar a saída do presidente do Palácio do Planalto.

Nesta terça-feira (30, Temer depõe sobre corrupção e é julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que também começa a decidir se a chapa Dilma-Temer é culpada ou inocente dos supostos delitos de abuso de poder político e econômico durante a eleição presidencial de 2014, quando foi a vencedora.

Pesquisas da Vox Populi e da 247, realizada em parceria com a Netquest, uma das principais empresas de pesquisas online do mundo, apontam que Temer é rejeitado por mais de 90% dos brasileiros. Mas, em recente entrevista, ele sinalizou que só deixará a presidência se for arrancado. “Não saio daqui, não saio mesmo”, afirmou.

Líder da conspiração que o levou ao poder, Temer, além de ter sido flagrado em episódio de corrupção amplamente divulgado pela mídia, agora corre o risco iminente de ser denunciado em uma eventual delação premiada pelos próprios aliados que o ajudaram a conquistar a Presidência por meio do golpe parlamentar.

Rocha Loures e Temer são investigados no mesmo inquérito por suspeitas de terem cometido crimes de participação em organização criminosa, obstrução à investigação de organização criminosa e corrupção passiva.

Preso no sábado (3), por determinação do ministro do STF Edson Fachin, relator da operação Lava Jato, pesa sobre Loures, também ex-assessor da Presidência, a suspeita, apontada pela Procuradoria-Geral da República, de que ele agia em nome de Temer e na condição de “homem de confiança” do presidente, em benefício da JBS, para interceder junto à diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) — órgão antitruste do governo federal.

Delatores da JBS dizem que foi prometida uma “aposentadoria” de R$ 500 mil semanais durante 20 anos ao peemedebista e ao presidente Temer.

A expectativa da força-tarefa da Operação Lava Jato é de que Rocha Loures, detido na Papuda, aceite fazer delação premiada.

Ex-ministro suspeito de receber propina

Já o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves foi preso pela Polícia Federal na Operação, nesta terça-feira (6), sob suspeita de receber propina para favorecer empreiteiras na construção da Arena das Dunas, em Natal (RN), estádio erguido para a Copa do Mundo, em 2014. O sobrepreço identificado chega a R$ 77 milhões.

Alves foi levado para a superintendência da Polícia Federal em Natal sob gritos de “ladrão” e “safado”.

Da Redação