Na tentativa de intimidar os trabalhadores na luta por seus direitos, as empresas parecem não conhecer limites, utilizando-se de métodos cada vez mais condenáveis. A última prova disso veio da Tishman Speyer, empresa que administra o prédio do Banco do Brasil da 201 Norte, onde na manhã desta sexta-feira (30) o Sindicato iniciava às 6h mais uma atividade da greve geral, que consistiria na paralisação do trabalho na unidade.
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Um policial militar aposentado contratado como “consultor” de segurança, conforme a própria administradora admitiu ao Sindicato, sem qualquer motivo forçou o início de uma confusão para, assim, acionar a PM, de modo a pôr fim ao protesto, o que acabou se concretizando.
Mas o ex-policial, que seria um coronel reformado (estranhamente ele não quis se identificar), não parou por aí. “Além da confusão que causou, ele ainda instigava os policiais a prenderem os bancários que participavam da manifestação, numa postura de afronta à democracia e tentativa de criminalizar o movimento social”, relata o secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon, que estava na porta do prédio.
O Sindicato lembra que todos os protestos anteriores realizados nesse edifício foram pacíficos, sem registro de incidentes. A entidade repudia a atitude tanto da empresa quanto do ex-policial e garante que vai adotar as medidas que sejam cabíveis ao caso.
O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que também estava no local, condenou a postura da empresa e cobrou resposta do BB. “Uma empresa que administra um prédio do Banco do Brasil se utilizar de métodos escusos para intimidar e prejudicar uma atividade sindical não tem condições de ser contratada por uma instituição que se diz ética”, criticou.
Da Redação