O Sindicato voltou a se reunir com representantes do BRB para tratar de uma questão urgente e sensível: o superendividamento dos empregados do banco. O encontro teve como objetivo ampliar o diálogo e buscar soluções que possam oferecer suporte prático e efetivo aos trabalhadores em situação de fragilidade financeira.
Durante a reunião, o Sindicato ressaltou a crescente preocupação com o número de bancários em dificuldades econômicas e pediu ao BRB medidas concretas de apoio e alívio para esses trabalhadores.
“Estamos falando de empregados que dedicam suas vidas à instituição, mas que estão enfrentando situações financeiras extremamente complexas. Precisamos de soluções reais para que possam superar essa fase”, afirmou Robson Neri, diretor do Sindicato.
“O Sindicato prima pela saúde econômica, mental e física do trabalhador e não medirá esforços em buscar as melhores saídas para os empregados do BRB. A proteção e o bem-estar dos bancários são prioridades, e qualquer solução deve considerar as reais necessidades dos trabalhadores”, enfatizou o diretor.
Embora o BRB tenha apresentado uma proposta para considerar os funcionários com faixa de endividamento acima de 55% da renda bruta, o Sindicato argumentou que essa abordagem é limitada e não resolve, de forma significativa, a situação enfrentada por muitos bancários.
“Atender apenas aqueles que estão acima de 55% de comprometimento da renda não abrange todos os que estão passando por dificuldades financeiras. Precisamos que o banco amplie essa faixa, incluindo os que têm a partir de 40% de comprometimento da renda bruta, o que segue o mesmo padrão praticado em programas anteriores voltados aos servidores do GDF”, destacou Ivan Amarante, diretor do Sindicato.
Adicionalmente, o BRB propôs uma taxa de 1,35% para o produto consignado e de 1,45% para o produto de renegociação. No entanto, o Sindicato entende que o banco não deve praticar taxas da tabela de clientes externos para resolver uma situação interna de endividamento, pois essa taxa visa a rentabilização e não é adequada para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade. “É fundamental que o BRB atue de maneira ética e responsável, garantindo que os trabalhadores em dificuldade não sejam ainda mais prejudicados”, completou o representante do Sindicato.
Negociações precisam avançar
É importante ressaltar que as propostas realizadas pelo banco foram apresentadas em reuniões passadas, e o BRB não trouxe avanços significativos para esta reunião. O Sindicato também enfatizou que qualquer programa a ser criado pelo BRB deve garantir que as operações sejam liquidadas totalmente ao fim do prazo estipulado, sem permissibilidade de saldo devedor. “Não é aceitável que os empregados terminem um programa e ainda permaneçam com dívidas pendentes. O objetivo deve ser a recuperação plena de seus direitos financeiros e o restabelecimento da dignidade de nossos trabalhadores”, afirmou Samantha Sousa, diretora do Sindicato.
Com o prazo para a implantação deste programa se aproximando, o Sindicato solicita celeridade nas negociações para que a situação dos empregados possa ser resolvida rapidamente. “É urgente que o BRB tome as devidas providências, pois cada dia que passa é um dia a mais de sofrimento para os nossos colegas em dificuldades financeiras”, enfatizou o diretor Robson Neri.
A proposta do banco foi considerada insuficiente, uma vez que não reflete a real necessidade dos empregados e não oferece soluções abrangentes. O Sindicato reiterou a importância de ações efetivas, como programas de orientação financeira e condições de renegociação de dívidas que realmente façam diferença na vida dos empregados.
O Sindicato continua empenhado em lutar por condições justas e dignas para os trabalhadores do BRB, defendendo medidas de apoio mais alinhadas à realidade enfrentada por seus representados. A expectativa é que o banco reavalie as demandas e se comprometa a encontrar soluções que atendam de fato às necessidades de seus trabalhadores, reafirmando o compromisso com o bem-estar de seus empregados.
Da Redação