Em conquista histórica das empregadas, Caixa garante 1/3 de mulheres na alta gestão

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A publicação do novo Estatuto Social da Caixa Econômica Federal, na última terça-feira (6), trouxe um avanço histórico para a categoria: a garantia de que, no mínimo, um terço dos cargos de direção do banco será ocupado por mulheres. A medida representa uma importante conquista do movimento sindical e é resultado direto da luta e da mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras da Caixa, que há anos pautam a igualdade de gênero, salarial e de oportunidade nas mesas de negociação com a empresa, tendo esta questão sido amplamente discutida nas negociações da Campanha Nacional de 2024.

A Caixa se torna, com isso, o primeiro banco a garantir formalmente essa paridade mínima na alta gestão, respondendo a uma antiga demanda do movimento sindical. A mudança vem após a assinatura, em 4 de setembro do ano passado, do Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão, compromisso firmado entre a Caixa e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que reforçou a importância da diversidade e da inclusão nas estatais.

Atualmente, quase metade do quadro funcional da Caixa é composto por mulheres. No entanto, quando se trata de cargos de alta gestão, essa representatividade praticamente desaparece. A nova política busca corrigir essa distorção, promovendo mais igualdade de oportunidades e reconhecimento às trabalhadoras do banco, que enfrentam diariamente jornadas duplas e triplas, mas seguem se qualificando e mostrando sua competência.

Para Suzana Gaia, diretora da Fetec-CUT/CN, essa conquista é resultado direto da atuação firme e permanente das entidades representativas da categoria. “A garantia de, ao menos, 1/3 de mulheres em cargos de direção é uma vitória histórica dos empregados e empregadas da Caixa. É fruto de anos de negociação e mobilização do movimento sindical, que sempre pautou a igualdade de oportunidades como prioridade”, afirmou.

Ela também destacou o valor simbólico dessa mudança. “Ver essa conquista registrada no estatuto do banco é mais do que um avanço institucional; é um reconhecimento do valor e da capacidade das mulheres que, mesmo enfrentando jornadas duplas ou triplas, se qualificam e se dedicam diariamente. Essa mudança representa para nós, mulheres, a possibilidade real de ocuparmos espaços de liderança.”

Da Redação