Caixa pode demitir telefonistas terceirizadas, e Sindicato cobra explicação

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A Caixa Econômica Federal mais uma vez parece confundir modernização com desmonte. Informações que circulam nas redes sociais indicam que o banco estatal deve demitir cerca de três mil telefonistas terceirizadas que prestam serviços em suas agências por todo o Brasil. Em troca, seriam contratadas apenas 100 profissionais para atender à demanda nacional, uma medida que gera preocupação e revolta.

Segundo apurou o Sindicato, a decisão teria se baseado em um estudo realizado pela mesma assessoria que criou o criticado projeto Teia, responsável por outras mudanças recentes na estrutura do banco. A justificativa? Uma economia de R$ 13 milhões anuais, a pretexto de “aumentar a eficiência”. No entanto, representantes dos trabalhadores denunciam a falta de transparência e de diálogo da instituição, que sequer comunicou previamente as demissões, pegando todos de surpresa.

Isso sem contar que o contrato de prestação de serviço com as telefonistas havia sido renovado há apenas dois meses, o que agrava o sentimento de instabilidade e desrespeito com essas profissionais, muitas das quais atuam há 15 ou 20 anos em unidades da Caixa e são arrimo de família.

Para o Sindicato, a medida é incompatível com o papel social que o banco deveria cumprir. “É inadmissível que uma instituição pública, com um histórico de atuação junto à população mais vulnerável, promova demissões em massa sem sequer apresentar um plano de transição, um estudo transparente ou uma alternativa digna para essas trabalhadoras”, afirma Guilherme Simões, diretor do Sindicato.

“Acredito que ninguém seja contra a Caixa melhorar sua eficiência. O fato é que a forma que o banco encontra para implementar as decisões da diretoria faz com que o efeito da decisão seja desastroso, independentemente de ser ou não necessário”, critica Vanessa Sobreira, diretora do Sindicato.

Da Redação