O Bradesco obteve um lucro líquido de R$ 5,802 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 37,8% em relação aos R$ 4,211 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Segundo o relatório elaborado pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo aumento de 30,9% no resultado bruto da intermediação financeira, que alcançou R$ 13,630 bilhões.
A receita da intermediação financeira somou R$ 51,560 bilhões, um avanço de 8,0%. Contribuíram para esse crescimento a elevação de 16,2% nas receitas com operações de crédito e arrendamento mercantil (R$ 28,717 bilhões) e o aumento de 4,7% nas receitas com títulos e valores mobiliários (R$ 18,335 bilhões). Também houve crescimento significativo em receitas com aplicações compulsórias (16,4%) e com a venda ou transferência de ativos financeiros (22,8%).
Por outro lado, o banco enfrentou uma queda de 38,4% no resultado financeiro das áreas de seguros, previdência e capitalização, que totalizou R$ 1,689 bilhão, e um prejuízo de R$ 1,084 bilhão com operações em moeda estrangeira, que no mesmo trimestre de 2024 haviam apresentado resultado positivo de R$ 290 milhões.
As despesas da intermediação financeira aumentaram 2,4%, alcançando R$ 29,595 bilhões, puxadas pelo crescimento de 3,0% nos gastos com captações no mercado. Já as despesas com empréstimos e repasses caíram 6,9%.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa recuou 1,2%, totalizando R$ 8,335 bilhões, o que também contribuiu para o resultado positivo. As perdas com operações de crédito e arrendamento mercantil diminuíram 3,1%.
Mesmo com um saldo negativo de R$ 7,146 bilhões nas outras receitas e despesas operacionais – um aumento de 20,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024 –, o banco conseguiu crescer 44,2% no resultado antes da tributação sobre o lucro, atingindo R$ 6,436 bilhões.
As despesas de pessoal subiram 9,3%, mas foram compensadas por uma queda de 0,9% nas demais despesas administrativas. O aumento de 52,6% no resultado de operações com seguros, previdência e capitalização também ajudou a sustentar o bom desempenho do período.
O relatório foi elaborado com base nas demonstrações contábeis consolidadas do banco.
Stéffany Santos
Colaboração para o Sindicato