Bradesco lucra R$ 14,2 bi nos primeiros nove meses do ano

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O Bradesco registrou crescimento significativo em seus resultados financeiros no acumulado dos primeiros nove meses de 2024. O lucro líquido recorrente somou R$ 14,2 bilhões, representando um aumento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023. No terceiro trimestre, o lucro foi de R$ 4,6 bilhões, um crescimento de 10,8% em relação ao trimestre anterior, que foi de R$ 4,5 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco registrou uma alta de 1,0 ponto percentual, alcançando 11,0%.

Segundo o relatório do banco, o desempenho positivo foi impulsionado por uma margem líquida mais robusta, destacando-se a margem de clientes e a redução da provisão para devedores duvidosos (PDD). O setor de seguros também foi um dos motores desse crescimento, com um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões e resultado operacional de R$ 5,0 bilhões, influenciado pelo aumento no faturamento em todos os segmentos e pela redução na sinistralidade.

Reestruturação e redução de pessoal

Por outro lado, o Bradesco encerrou o terceiro trimestre com 84.018 funcionários, sendo 72.709 vinculados ao Banco Bradesco. Nos últimos doze meses, 2.084 postos de trabalho foram fechados, incluindo uma redução de 693 funcionários somente no terceiro trimestre. A base de clientes cresceu em 0,7 milhão, totalizando 108,7 milhões em setembro de 2024.

Em relação à estrutura física, o banco continuou a reduzir suas agências e postos de atendimento. Foram fechadas 399 agências e 734 postos de atendimento no período de doze meses. No último trimestre, 155 agências, 219 postos de atendimento e 41 unidades de negócios foram fechadas, com aumento de apenas três unidades de negócios ao longo do ano.

Expansão na carteira de crédito

A Carteira de Crédito Expandida do Bradesco atingiu R$ 943,9 bilhões em setembro de 2024, o que representa uma expansão de 7,6% em comparação aos últimos doze meses. Na carteira de pessoa física, o crescimento foi de 10,0%, totalizando R$ 396,8 bilhões, o que representa 42% do saldo total de crédito do banco. Os destaques foram o crédito pessoal, que cresceu 16,7%, o crédito imobiliário com aumento de 11,2%, e o crédito rural, que registrou um expressivo avanço de 49,1%.

No segmento de pessoa jurídica, o crescimento foi de 5,9%, somando R$ 547,7 bilhões. A carteira de grandes empresas teve crescimento estável, de 0,7%, enquanto o crédito para micro, pequenas e médias empresas registrou uma expansão de 16,9% no último ano. A taxa de inadimplência para prazos acima de 90 dias foi de 4,2% em setembro, uma queda de 1,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023, indicando uma melhora na qualidade de crédito.

As receitas do Bradesco com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentaram 4,3% em relação ao ano anterior, somando R$ 21,9 bilhões. Em contrapartida, as despesas de pessoal, incluindo o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), subiram 5,2%, totalizando R$ 17,9 bilhões. A relação de cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 122,3%, garantindo a sustentabilidade da estrutura de custos.

Da Redação