Bancários do Bradesco insistem: o maior tem que pagar mais

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Dezembro foi mês de intensas negociações para os funcionários do Bradesco. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) esteve reunida por duas vezes com o Bradesco para discutir Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os encontros ocorreram nos dias 11 e 18 de dezembro. Banco não quer avançar.

Dezembro foi mês de intensas negociações para os funcionários do Bradesco. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) esteve reunida por duas vezes com o Bradesco para discutir Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os encontros ocorreram nos dias 11 e 18 de dezembro. Em ambos, os trabalhadores explicaram a necessidade de o banco valorizar mais seus funcionários, os responsáveis pelos elevados resultados da instituição, mas Bradesco não quis avançar.

O banco diz que não tem interesse em pagar mais do que foi acordado na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. “A Convenção é uma conquista importantíssima, mas é legítimo que os trabalhadores queiram avançar. A Comissão Nacional agendou a próxima reunião com o Bradesco para o dia 22 de janeiro. Até lá, precisamos nos mobilizar mais nas negociações permanentes”, explica Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT e funcionário do Bradesco.

Os bancários reivindicam um plus, pago além do que está garantido na Convenção (cuja primeira parcela foi paga em novembro e a segunda será até março). Na proposta da Contraf-CUT, o adicional representaria 5% distribuídos linearmente entre todos os funcionários, o que representaria mais R$ 4 mil. Pela Convenção
Coletiva, os bancos que, como o Bradesco, tiveram elevação nos lucros superior a 15% em
relação a 2005 deveriam pagar de R$ 1.000 a R$ 1.500 a todos.

Outros bancos avançaram nas negociações. O Bradesco, porém, quis considerar o assunto por encerrado, para frustração dos bancários. “Estamos dispostos a discutir alternativas, mas sabemos que o banco pode pagar mais. Não vamos abrir mão de discutir uma PLR mais justa”, diz Vagner. Para ele, a postura do banco
só será revertida com muita mobilização dos funcionários organizados pelos sindicatos de todo país.

A próxima reunião está marcada para dia 22 de janeiro, com outros temas em pauta. Mesmo
que o banco diga que está fechado para discutir, a Contraf-CUT e os sindicatos vão pressionar
para retomar a PLR.

O banco que se diz completo e o maior do país tem obrigação de pagar uma participação maior. Seria apenas um reconhecimento mais justo do esforço realizado pelos funcionários. Mas isso só acontece com mobilização.

Fonte: Contraf-CUT