Acordo fecha ano positivo para os bancários do BRB

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O acordo sobre a campanha salarial no BRB, que conquistou os mesmos índices da Fenaban, encerra um ano positivo para os bancários do banco de Brasília, que além do aumento real de salário na campanha incluiu a implantação do novo PCS após cinco anos de luta.

O acordo sobre a campanha salarial no BRB, que conquistou os mesmos índices da Fenaban, encerra um ano positivo para os bancários do banco de Brasília, que além do aumento real de salário na campanha incluiu a implantação do novo PCS após cinco anos de luta.

“Essas importantes conquistas, obtidas com luta e com a significativa participação dos bancários do BRB na greve geral da categoria, constituem um passo decisivo rumo à unificação dos trabalhadores do ramo financeiro de todo o país”, elogia João Batista Machado, diretor de finanças do Sindicato.

O acordo, além de assegurar aumento real de salário, trouxe um avanço significativo na cesta-alimentação de R$ 47 para R$ 75 e manteve as cláusulas da convenção anterior, inclusive a PPR e a PLR. As horas correspondentes aos dias úteis da greve serão compensadas.

Uma longa campanha

O acordo foi o desfecho de uma longa campanha salarial, que começou oficialmente com o II Congresso dos Bancários de Brasília, dia 22 de julho, quando a categoria aprovou a estratégia e os delegados que representaram o DF na 8ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, realizada em São Paulo no final de julho.

A conferência, que reuniu mais de 800 representantes de bancários de todo o país, definiu a pauta de reivindicações da Campanha Nacional e, nos encontros subseqüentes de bancos, foram aprovadas as minutas das questões específicas.

No dia 18 de agosto, o seminário dos delegados sindicais eleitos em julho fechou a pauta específica do BRB, entregue à direção do banco no dia 28 do mesmo mês junto com a minuta nacional dos bancários que foi negociada na mesa da Fenaban.

Mas a primeira rodada de negociação só foi realizada somente no dia 19 de setembro. E a direção do BRB ficou mais de um mês sem apresentar proposta, levando os bancários a aprovarem a greve de 24 horas no dia 26 de setembro e a paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 29.

“A participação dos colegas do BRB na greve nacional da categoria foi crescendo diante da intransigência patronal, forçando o banco a negociar a sério”, lembra Antônio Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato.

Demonstração de força e unidade

E na rodada de negociação do dia 18 de outubro, o BRB finalmente concordou com o índice de reajuste de 3,5% sobre todas as verbas, apresentado pela Fenaban, elevou a cesta-alimentação de R$ 47 para R$ 75 e aceitou fazer a compensação das horas correspondentes aos dias úteis realizados na greve.

Em assembléia realizada no mesmo dia em frente ao Edifício Brasília, os bancários do BRB aprovaram a proposta do banco, que garante aumento real de salário. A forma de compensação dos dias úteis parados ainda será negociada pelo Sindicato com o Degep. “Foi uma campanha dura, na qual os bancários do BRB mais uma vez deram uma grande demonstração de força e de unidade com a categoria, arrancando um acordo com avanços evidentes para os trabalhadores”, avalia André Nepomuceno, diretor do Sindicato.

“É preciso agora que a nova direção do BRB assuma o compromisso preliminar de seguir os acordos da Fenaban, enquanto patamares básicos de negociação que possa avançar no debate das reivindicações estruturais dos seus funcionários: universalização do auxílio-educação, revisão do PCC/PCS, isonomia da AG de Caixa — como já fazem os bancos públicos, inclusive os estaduais”, cobra o diretor do Sindicato Kleitton Guimarães Moraes.