Vitória dos empregados: Caixa altera desconto dos dias parados

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Os bancários da Caixa obtiveram duas importantes vitórias na rodada de negociações permanentes entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção do banco, realizada nesta quinta-feira 25. A Caixa reverteu a decisão de desconto dos dias parados e se comprometeu a estender a possibilidade de retorno aos demitidos pela RH 008 que já entraram com ação judicial.
Agora, a compensação dos dias paralisação será feita na proporção de 1,5 para 1. Ou seja, para cada 1h30 de paralisação, o empregado terá que trabalhar 1h. A proposta anterior era de 1 para 1.
Será permitida a utilização de Apips e de licenças-prêmio na compensação. O prazo para a conclusão das compensações foi mantido até 31 de agosto.
Para os casos de pessoas afastadas do trabalho, são estabelecidas regras especiais, sobretudo no que se refere a prazos. Quem já compensou mais de dois terços das horas da greve terá crédito em horas com a empresa.

“Reivindicamos, pressionamos, avançamos nas negociações e obtivemos importantes vitórias para os bancários”, afirmou o secretário-geral do Sindicato e funcionário da Caixa, Enilson da Silva, para quem “os resultados da reunião desta quinta-feira demonstram a força dos argumentos dos representantes dos empregados à direção do banco”.

Reintegração dos demitidos
Quanto à reivindicação de reintegração dos demitidos pela RH 008, a Caixa disse que poderão ser contemplados aqueles que já movem ação na justiça, mas que ainda não obtiveram liminar. Até então, a reintegração só era permitida aos que haviam alcançado decisão liminar em suas ações.
A assinatura de termo de interesse na reintegração, que implicará no fim da ação judicial, será viabilizada tão logo seja aprovado o voto do Conselho Diretor da empresa. O encaminhamento do termo tem prazo-limite em 31 de agosto, mas fica assegurado o mínimo de 60 dias a partir da data do voto do Conselho Diretor.
Caixas
A direção do banco informou que será formalizada na segunda-feira 29 a existência de, no mínimo, duas vagas de caixas em cada agência.
No que se refere ao número total de vagas de caixas, permanece o impasse. A empresa voltou a manifestar seu entendimento de que não há um critério objetivo para se estabelecer que a real necessidade seja as 7.622 vagas previstas anteriormente. A CEE-Caixa manteve a cobrança de cumprimento do que havia sido negociado no final do ano passado.
A Caixa recusou-se a ampliar a reserva de contingência para caixas de 20% para 50%, mesmo em caráter excepcional e temporário, como havia proposto a CEE-Caixa.
Os representantes da empresa solicitaram às entidades sindicais a indicação das unidades com problemas de falta de caixas.
A empresa não considera também que estejam ocorrendo transferências forçadas de caixas. A CEE-Caixa propôs então que seja feito um levantamento dos caixas transferidos desde janeiro, para exercer a mesma função em outra unidade. A representação dos empregados entende que assim será possível identificar as transferências que, por ventura, tenham ocorrido sem a concordância e o interesse do empregado.
A próxima rodada de negociações entre a Caixa e a CEE ocorre no final de junho.
Com informações da Fenae