Vacina Já para todos é prioridade para o Coletivo de Saúde da Contraf-CUT

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O Coletivo de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) priorizou a Vacina Já para todos, ao estabelecer uma série de iniciativas para qualificar a ação sindical em defesa da saúde e de melhores condições de trabalho dos bancários. A medida foi tomada durante reunião por videoconferência, realizada no dia 25 de fevereiro, para debater estratégias de lutas para 2021 e fazer um levantamento dos principais problemas relacionados à saúde enfrentados pela categoria.

Os participantes lembraram que o objetivo de 2020 era implementar um processo de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater questões prioritárias, como atenção aos adoecidos, prevenção, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), qualidade dos serviços médicos oferecidos e as metas abusivas. Porém, a pandemia impactou nas negociações, alterou alguns processos e acelerou outros. Por conta disso, foi demandado aos sindicatos a priorização do enfrentamento da covid-19 e suas diversas consequências.

Antigos problemas continuam

Mesmo com a pandemia em andamento, houve continuidade na negociação com os bancos em busca de soluções para vários problemas. Mas, o Coletivo Nacional de Saúde concluiu que os antigos problemas persistem e adquiriram novas formas, aprofundando a exploração e os impactos à saúde da categoria. As metas abusivas, por exemplo, continuaram a todo vapor, com as intensas cobranças, em uma situação atípica, de emergência, com o mercado desaquecido e impactando ainda mais na saúde dos colegas.

• O sofrimento físico e psíquico na categoria aumentou, surgindo mais um risco (além do ergonômico e psicossocial), o biológico (Covid-19), para tencionar e adoecer ainda mais os bancários.
• Os serviços médicos continuam sendo usados com o objetivo de se livrar dos indesejados, passo a passo com a reestruturação.
• O INSS conseguiu piorar, com mais dificuldades para acesso a benefícios e direitos. Aproveitam a pandemia para precarizar ainda mais.
• A digitalização dos processos se acelerou e novos desafios são colocados, como o home Office.
• Mudanças no modelo de negócios e na atividade econômica se aprofunda, com reestruturações, que já estavam no radar, sendo acelerado e aprofundado.

Negociações permanentes em 2021

Para os integrantes do Coletivo, o levantamento deixa claro que, em 2021, é importante dar continuidade às negociações permanentes com a Fenaban sobre a pandemia. A conclusão é de que será necessário buscar retomar a mesa de negociação que tratava da qualidade dos serviços médicos e programas de prevenção, das metas abusivas e a atenção aos bancários doentes.

É preocupante o agravamento da situação com a ampliação do número de infectados e mortes onde o sistema de saúde está em processo acelerado de colapso. Tudo isso favorecido pela irresponsabilidade do governo e de alguns gestores estaduais e municipais.

Os participantes também mencionaram a importância da conscientização dos colegas sobre a gravidade da situação e necessidade de tomar os todos cuidados preconizados, lembrando que é estimulado por setores da sociedade, capitaneada por Bolsonaro, uma visão negacionista, com afirmações mentirosas que dificultam a contenção do vírus.

O Coletivo também enfatizou que a saúde e a vida têm que ser prioridade absoluta e a melhora da atividade econômica está intimamente ligada à vacinação, só quando o vírus for contido a normalidade será possível. E que a imunização contra a Covid-19 é um direito do povo brasileiro e é uma obrigação do governo federal coordenar uma estratégia nacional de vacinação e prover as vacinas, seguras e eficazes, que deverão ser aplicadas em toda população brasileira.

“Caos na saúde”

“O momento que estamos passando com relação à pandemia está sendo considerado pelos estudiosos como o início do caos na saúde de modo geral. Nos primeiros 50 dias deste ano, infelizmente, já alcançamos 25% de todas as mortes de covid-19 dos 11 meses da pandemia do ano passado. Portanto, é urgente que todos deem as mãos e façam a sua parte”, enfatiza a diretora do Sindicato Hella Sayeda Dietrichkeit, que responde interinamente pela Secretaria de Saúde da entidade.

E acrescenta: “Aos banqueiros, pedimos pela diminuição das metas, manutenção dos serviços em home office, cumprimento dos protocolos de combate ao covid-19 firmados e testagem geral; e, aos bancários, a conscientização da necessidade de cuidados com a higiene das mãos, uso de máscaras, álcool gel, higienização do vestuário, distanciamento entre colegas e clientes dentro das agências e isolamento social sempre que possível. Além disso, exalto a todos a conscientização da necessidade de
vacinação.”

Da Redação com Contraf-CUT