Trabalhadores cobram explicações do Itaú por demissão de afastados

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O movimento sindical foi pego de surpresa com dezenas de demissões que estão ocorrendo no Itaú por todo o Brasil. Depois da regulamentação do Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade, também conhecida como operação pente-fino nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), diversos trabalhadores afastados tiveram que voltar ao seu local de trabalho.

Após passar o prazo de estabilidade, o banco tem demitido esses trabalhadores. Uma bancária demitida, que não quis se identificar, declarou: “Pensei que fosse voltar ao trabalho, mas, quando cheguei lá, era para assinar minha demissão, não assinei. Acreditei que seria realocada.”

Roberto Alves, diretor do Sindicato e bancário do Itaú, afirma que, com essa prática de desvalorização dos trabalhadores acometidos por lesões e doenças, muitas delas adquiridas em função da própria instituição, o Itaú se torna um banco menos humano. “Somente este mês foram mais de 60 bancários e bancárias demitidos ao retornar de licença-saúde em todo país, segundo informações das federações. O movimento sindical quer ouvir as explicações do banco para tal fato. As pessoas adoecem não porque queiram ficar doentes”.

“O banco, ao saber que o trabalhador teve concedido o Código 91 pelo próprio INSS, vai e faz a contestação junto aos órgãos do Instituto contra o trabalhador. Isso é inadmissível, pois os peritos têm a capacidade de observar e vê o que cada pessoa está sentindo ou de qual tratamento está necessitando”, acrescentou.

Da Redação com Contraf-CUT