Sindicatos se mobilizam contra demissões do Mercantil do Brasil em plena pandemia

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Os funcionários e clientes do Mercantil do Brasil foram surpreendidos com o anúncio, na segunda-feira (14), sobre o início de processo de encerramento das três plataformas de serviços localizadas nas cidades de Brasília, Salvador e Recife.

O banco já deslocou uma equipe de técnicos de Belo Horizonte para essas praças, a serem encerradas no dia 26 de outubro, que será responsável pela realização dos trâmites legais, como informações aos clientes, desligamentos de trabalhadores e demais processos administrativos.

Diante do grave problema, sindicatos de todo o país, a Contraf/CUT,  a COE do Mercantil e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-CUT/MG), se reuniram remotamente com o banco, nesta sexta-feira (18), e cobraram explicações sobre o encerramento das unidades, exigindo a revogação imediata de todas as demissões de funcionários.

“Mais sete bancários foram demitidos em função dessa medida descabida do banco, que só visa lucros cada vez mais exorbitantes”, critica o diretor do Sindicato Paulo Frazão, acrescentando que essas demissões foram feitas sem nenhuma tentativa de transferência ou eventual reaproveitamento em outras unidades.

“Alguns funcionários que foram desligados alegaram problemas de saúde e estabilidade provisória de emprego, mas nada disso foi levado em consideração pelo Mercantil”, comenta Frazão, que representou o Sindicato na reunião de hoje (18), juntamente com a também diretora Talita Regia.

O Mercantil alegou que o fechamento das plataformas ocorreu pelo reposicionamento estratégico, focado na atuação exclusiva no pagamento de pensionistas e beneficiários do INSS, o que vem garantindo sua sobrevivência.

Segundo o representante do banco, foi tentado o reaproveitamento do maior número de funcionários, porém, em muitos casos, a distância de uma unidade a outra da empresa impossibilitou essa mudança. E disse que as estabilidades serão garantidas de acordo com a lei específica nesses casos.

Nova reunião na próxima semana
O banco anunciou em mesa que a decisão em relação às demissões já foi tomada e que não irá reverter os desligamentos. Diante do impasse, foi acertada nova reunião, para o dia 22 de setembro.

Sindicatos de todas as bases onde existem unidades no Mercantil do Brasil estão mobilizados para lutar contra a ganância e prepotência do banco e pela manutenção dos empregos e da dignidade dos funcionários do banco.

Da Redação com Contraf-CUT