Sindicato visita agências do Bradesco para dialogar sobre descaso do banco com funcionários e população

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O Sindicato visitou 18 agências do Bradesco nesta quinta-feira (16) para dialogar com os bancários e a população sobre as medidas nocivas adotadas pelo banco, como demissões, cobranças de metas abusivas e a retirada das portas giratórias de segurança em diversas unidades. Os dirigentes sindicais reiteraram que a luta é de todos, uma vez o banco não respeita o processo negocial, e o descaso dos banqueiros também prejudica os clientes e usuários.

Diretor do Sindicato, Paulo Frazão esclareceu que “três equipes percorreram as unidades do banco, levando informações aos trabalhadores, que estão preocupados, principalmente, com os desligamentos na instituição financeira, que vem descumprindo a promessa de não demitir durante a pandemia de covid-19”.

Também bancário do Bradesco, Frazão pontuou que nos nove primeiros meses de 2021, o banco obteve um lucro de R$ 19,6 bilhões. Neste mesmo período, demitiu 8.547 bancários. “Muita gente que trabalhou para atingir este objetivo, hoje está desempregada. É inadmissível que, mesmo com esse lucro, o banco não valorize os seus funcionários e continua demitindo e fechando agências”.

Sem segurança

“Durante a atividade também demos ênfase à questão da segurança, com o novo modelo de unidade de negócios que o Bradesco vem implantando em suas agências”, observa o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco Raimundo Dantas.

E questiona: “Imagine trabalhar com volumes grandes de dinheiro sem ter um vigilante e uma porta detectora de metais? Essa é a realidade das unidades que o banco está abrindo para substituir as agências. Ou seja, perigo de vida para bancários e clientes”.

Os diretores do Sindicato reiteraram que, se o Bradesco acumula recordes de lucros, é por reflexo do trabalho dos seus funcionários. “Porém, em troca, eles recebem assédio, desrespeito e falta de segurança. O sofrimento físico e mental dos bancários está nas alturas, não é justo trocar saúde pelo lucro”, enfatizaram.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília