O Sindicato abriu a plenária de funcionários do Banco do Brasil, realizada na noite desta quinta-feira 2, com informes a respeito das negociações com o banco e das ações que estão sendo implementadas nas unidades contra a imposição do trabalho presencial aos funcionários do grupo de risco e aos que apresentam comorbidade.
A negociação prevista para esta quinta estava suspensa no momento da assembleia, em razão de pedido de tempo pelo banco. Os representantes dos trabalhadores defendem a suspensão da convocação do pessoal do grupo de risco, a implementação imediata do teletrabalho e agilidade no processo de contratação de concursados. A expectativa era de que as negociações pudessem ser retomadas ainda na noite desta quinta-feira.
O Sindicato detalhou os preparativos para a audiência marcada para esta sexta-feira 2 no Ministério Público do Trabalho (MPT), às 17h. A mediação acontece a pedido feito pelo Sindicato e acatado pela procuradora do Trabalho Carolina Pereira Marcante. “Estamos reunindo insumos a partir de relatos dos colegas do grupo de risco e de compartilhamento de laudos daqueles em situação de cormobidade e submetidos a graves riscos em função da atitude do BB”, explica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
A plenária discutiu também a situação de insegurança e alto risco surgida com o compartilhamento do prédio do Complexo Tecnológico Brasília Capital por funcionários do BB e da Caixa, sem a unificação e devido cumprimento de protocolos. Será solicitada às administrações prediais dos dois bancos reunião para constituição de comissão mista de fiscalização, visando assegurar as medidas adequadas.
O Sindicato informou que, em caso de frustração do processo de negociação com o banco e de mediação pelo Ministério Público, será encaminhado ajuizamento de ação coletiva com o intuito de resguardar a saúde e a vida dos trabalhadores. Além de já estar com a inicial da ação coletiva preparada, o departamento jurídico se dedica também à preparação de ações individuais, especialmente para os casos de funcionários com problemas de saúde sustentados por laudos.
Dia de ativismo
Acatando proposta da direção do Sindicato, a plenária definiu esta sexta-feira 3 como Dia de Ativismo nas redes sociais, para denunciar a atitude intransigente e irresponsável do Banco do Brasil, que coloca em risco a vida dos seus funcionários ao impor o retorno ao trabalho presencial nas condições que estão postas e, sobretudo, após o advento dessa nova variante do coronavírus.
“Participem, compartilhem, mobilizem, requeiram aos parentes e amigos adesão e essa ação, buscando movimentar as redes para constranger BB e levá-lo a retroagir na sua decisão equivocada” convoca Kleytton Morais.
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília
