Sindicato lamenta a perda de Aldir Blanc, um dos mais renomados compositores brasileiros

0

Um dos maiores compositores da música brasileira, o cantor e escritor Aldir Blanc morreu nesta segunda-feira (4), no Rio de Janeiro, aos 73 anos de idade, vítima do coronavírus. Ele é autor de vasta obra musical e literária, como ‘O Bêbado e a Equilibrista’, feita em parceria com João Bosco, em 1979, quando tornou-se um hino de anistia contra a ditadura militar e ficou eternizada na voz de Elis Regina.

Em um de seus versos, “sonha com a volta do irmão do Henfil”, faz-se referência ao cartunista Henrique de Sousa Filho, que na época tinha o irmão, o saudoso sociólogo Betinho, criador da campanha ‘Quem tem fome tem pressa’, em exílio político no exterior.

Entre as mais de 600 composições de Blanc, interpretadas por cantores como Tom Jobim, Fafá de Belém, Dorina e João Bosco, destacam-se ‘Resposta ao Tempo’, ‘Linha de Passe’, ‘O Mestre-Sala dos Mares’, ‘Caça à Raposa’ e ‘De Frente Pro Crime’.

Aldir Blanc ingressou na faculdade de Medicina aos 20 anos e especializou-se em psiquiatria. Porém, em 1973, ele deixou a profissão para dedicar exclusivamente à música, grande paixão de sua vida. Naquela época, o compositor já havia feito sucesso com ‘Amigo é pra essas coisas’, parceria com Silvio da Silva Jr., que foi vice-campeã do Festival Universitário em 1970, o que o fez se juntar a Ivan Lins, Gonzaguinha e outros para fundar o Movimento Artístico Universitário.

O Sindicato se solidariza com os familiares, amigos e fãs e lamenta a grande perda desse artista de renome internacional que, de forma marcante, contribuiu com a cultura do Brasil, sobretudo na resistência em defesa da democracia, num período de ditadura militar.

Da Redação