Sindicato fortalece a luta pelo BB público com a defesa da Fundação Banco do Brasil

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Braço social do Banco do Brasil, a Fundação Banco do Brasil é responsável pela elaboração de projetos sociais a partir da aplicação de recursos não reembolsáveis provenientes do BB e de parcerias do setor privado e público. A efetividade de suas ações, entretanto, está duramente ameaçada. Em decisão recente, o TCU determinou que a Fundação tenha quadro próprio de empregados, colocando em risco a execução de centenas de projetos por funcionários cedidos pelo BB.

Em defesa da FBB, que está a serviço da transformação social há 35 anos, o Sindicato inicia ciclo de agendas, por meio da mobilização de diferentes intervenientes do relacionamento com o banco, a partir da sua Fundação. “Além de buscar imediata abertura de interlocução com a direção da FBB, o Sindicato, por meio da conselheira de Administração representante dos funcionários, buscou pautar o assunto junto à máxima governança do banco e buscará reunir-se com a presidência e áreas intervenientes desse processo no BB de modo a evitar tamanho retrocesso, que coloca em risco imenso a efetividade da atuação dos projetos”, alerta o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

O assunto tem chamado a atenção dos funcionários e demais trabalhadores na FBB. A recente decisão da corte de contas da união afeta diretamente os trabalhadores do BB cedidos à FBB, uma vez que, se não revista, interromperá a atuação desses colegas na Fundação, segundo plano de ação apresentado e ainda sob análise do TCU, nos próximos 5 anos.

Defesa da FBB mobiliza funcionários em reunião com o Sindicato

“A presença massiva dos colegas da FBB (mais de 80 participantes) na reunião da última quarta-feira (12) e os questionamentos feitos ao longo do encontro atestam o receio e a sensibilidade como o assunto repercute entre os colegas”, analisa Humberto de Almeida Maciel, diretor do Sindicato e funcionário da FBB. “A intenção da reunião foi cumprida na medida em que informamos os passos até aqui dados pelo Sindicato e traçamos novas ações, inclusive com as sugestões apresentadas ao longo da reunião, para serem implementadas no próximo período”, explica o dirigente.

O Sindicato esclareceu também as dúvidas dos colegas em relação aos direitos. Nesse sentido, assessoria jurídica representada pela advogada Laís Lima destacou questões como estabilidade financeira e PLR, esta última resguardada pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “Estamos falando de um instrumento supralegal, que não pode ser descumprido”, disse ela.

Amarildo Carvalho, diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) lembra a preocupação do Sindicato em salvaguardar os interesses dos colegas cedidos à FBB, enquanto segue a luta para reverter a decisão do Tribunal de Contas da União em relação ao quadro funcional da FBB. “Nosso cuidado é para que os compromissos assumidos pela Fundação com os funcionários estejam documentados e não apenas compromissados em palavra, pelo fato de que as pessoas intervenientes dessa relação possam não estar nas posições ou até mesmo nos banco futuramente”, esclarece o dirigente.

A seguir veja quadro das ações implementadas pela direção do Sindicato em busca da reversão da decisão da corte de contas:

  • Reunião com a diretoria da FBB (5 de maio);
  • Conselheira de Administração do BB eleita pelos trabalhadores pauta a matéria no colegiado;
  • Requerimento de audiência da deputada federal Erika Kokay com a presidenta do TCU, ministra Ana Arraes;
  • Ofício ao MP das Fundações com requerimento de audiência;
  • Solicitar audiência com o presidente do Banco do Brasil, vice-presidentes e gestores mais diretamente ligados aos assuntos da Fundação, inclusive Dipes.

Participação dos funcionários

Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, essa luta em defesa da FBB é a luta em defesa do Banco do Brasil e, por isso, precisa da contribuição de todos para que os serviços prestados aos brasileiros e brasileiras mais vulneráveis continuem sendo feitos. Kleytton aponta ainda a “competência, preparo técnico e identidade com os propósitos da Fundação na busca por transformações sociais, com desenvolvimento sustentável do país e, em especial, empatia com os públicos-alvos dos projetos desenvolvidos, constituem a identidade e o histórico de atuação desses profissionais selecionados pelo banco em concurso público e colocados a serviço da Fundação. E isso não pode ser desconsiderado, é o que deve prevalecer e determinar a revisão da decisão do TCU”.

Pelo Sindicato, participaram da reunião, além do presidente Kleytton Morais, os diretores Amarildo Carvalho, Eduardo Araújo, Humberto Almeida, Rafael Zanon, Rodrigo Britto e Wadson Boaventura, além da assessora jurídica Laís Lima.

Da Redação