O difícil cenário em que está se dando a campanha – sob um governo de extrema-direita e em meio à pandemia e à crise econômica decorrente dela – deu o tom da reunião do Sindicato com os delegados sindicais realizada na noite desta sexta-feira (21), que debateram também formas de mobilizar a categoria nessa conjuntura e fazer frente à série de ataques aos direitos da categoria.
A reunião foi convocada poucas horas após a nona rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, que apresentou uma proposta de reajuste zero aos bancários, que representa uma perda salarial de 2,65%, além de retirar direitos como a 13ª cesta alimentação, entre outros retrocessos.
O início da reunião, que se deu em plataforma virtual, contou com a participação da presidenta do Sintect-DF, Amanda Corcino, que trouxe um panorama geral da greve dos trabalhadores dos Correios, chamando os bancários a somar forças com a categoria. Segundo ela, o resultado das negociações da estatal vai servir de referência para as demais datas-bases pelo país.
A paralisação dos Correios é nacional e foi deflagrada após a empresa retirar 70 direitos da categoria, além da ameaça constante de privatização da estatal. “Os trabalhadores dos Correios têm a nossa solidariedade”, garantiu, em nome da diretoria, o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais.
Na sequência da reunião, foram dados informes sobre as negociações gerais com a Fenaban, e específicas com os bancos, bem como atividades realizadas pelo Sindicato ao longo da semana: a de quarta-feira, nas agências do Setor Bancário Sul; a de quinta, em frente ao novo prédio do BRB; e a desta sexta, em Taguatinga, onde foi promovido um “faixaço” na região central.
Os participantes também trataram da carreata que o Sindicato promove neste sábado (22), dentro do calendário da Campanha, para protestar contra a proposta indecente da Fenaban de reajuste.
Entre os principais encaminhamentos sugeridos pelos delegados sindicais está a necessidade de que o Sindicato amplie a divulgação da Campanha Nacional 2020, de modo que alcance toda a categoria. Na avaliação dos delegados, é preciso aumentar a pressão sobre os bancos para que uma proposta decente seja apresentada, e, para isso, a participação de todos é fundamental. “Os bancos têm como atender nossas reivindicações e vamos lutar para isso”, resumiu o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
Renato Alves
Do Seeb Brasília
