Sindicato constrói ‘Canteiro da Resistência Toninho Maya’ em ato de desagravo pela violência do governo Ibaneis

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Nesta sexta-feira (12), o Sindicato dos Bancários de Brasília inaugurou uma horta comunitária ao lado do Teatro dos Bancários, localizado em sua sede, na EQS 314/315 Sul. A horta recebeu o nome de Canteiro da Resistência Toninho Maya, em homenagem ao bancário do Banco do Brasil e talentosíssimo músico que nos deixou recentemente em decorrência da Covid.

A iniciativa faz parte do projeto social Horta Linda e foi realizada como um ato de desagravo da sociedade e dos trabalhadores do DF à extrema violência com que têm sido tratados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), instituição que vem demonstrando completo despreparo na resolução de conflitos.

Exemplo disso, na última quarta-feira (10), durante a greve contra o desmonte do Banco Brasil, a PM agrediu com gás de pimenta e golpes de cassetete os trabalhadores que se manifestavam pacificamente, no Edifício Sede 1, no Setor Bancário Sul (SBS).

No mesmo dia, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), em conjunto com a polícia, destruiu hortas urbanas comunitárias localizadas no Setor Comercial Sul (SCS).

O espaço que era cultivado por moradores de rua e voluntários do Coletivo Aroeira, possuía árvores frutíferas, leguminosas, hortaliças, ervas medicinais e foi brutalmente destruído sem nenhum diálogo com a comunidade.

De acordo com o Presidente do Sindicato, Kleytton Morais, a construção da horta é uma resposta à truculência da polícia e um ato de resistência à crueldade do desgoverno Ibaneis. “Ao invés de violência, queremos semear esperança, flores e alimentos para cuidar da nossa comunidade. Porque nessa casa, Teatro dos Bancários, o terror não vira espetáculo, esse palco é de alegrias, boas reflexões e esperança”, afirmou.

Já o diretor de Finanças do Sindicato, Eduardo Araújo explicou que além de embelezar o jardim da entidade, a construção da horta comunitária é forma de oferecer aos empregados, diretores, sindicalizados e à vizinhança o resgate e fortalecimento dos vínculos com a terra.

“Plantar e cuidar de uma horta é um exercício maravilhoso para quem quer alimentar-se melhor, ter boa saúde física e mental, valorizar a vida e respeitar a natureza. Em nossa horta cultivaremos muito mais que alimentos, semearemos também esperanças e gentilezas. Todos poderão observar as diferenças entre as plantas, as etapas de crescimento de cada uma, a vida dos organismos que habitam a terra, conhecerão diferentes sementes, aprenderão a respeitar a diversidade e poderão observar as sutilezas da natureza em pleno centro urbano, e esta é, sem dúvida, uma experiência inesquecível. Porque quem aprende a cuidar das plantas, também se prepara para cuidar melhor de si e de seus semelhantes”, ressaltou Araújo.

A horta do Sindicato oferecerá mensalmente oficinas práticas de cultivo em pequenos espaços e educação ambiental, onde os visitantes e transeuntes poderão colocar a mão na terra, plantar, cuidar, aprender, colher e comer da horta.

A horta do Sindicato será coordenada pelo agricultor urbano agroecológico Juarez Alves Martins, formado em Comunicação Social, pós-graduado em Gestão Ambiental pela UEG.

Juarez possui experiência em ações de educação ambiental e na implantação de hortas orgânicas biointensivas. É formado em cursos de horticultura orgânica na Emater/DF, na Embrapa Hortaliças e em instituições como a Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica (ABD). Além disso, também recebeu formação em Gestão Sustentável de Pequenas Propriedades e em Políticas Públicas de Segurança Alimentar e Nutricional da FAO/ONU, em cursos presenciais ou semipresenciais realizados na Guatemala, Peru, Panamá e Colômbia.