Sindicato cobra do BRB transparência sobre Termo de Compromisso firmado com o Banco Central

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O Sindicato enviou nesta sexta-feira (21) uma série de ofícios ao BRB cobrando o detalhamento de informações a respeito do Termo de Compromisso (TC) firmado entre a instituição financeira e suas subsidiárias (BRB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e BRB Crédito, Financiamento e Investimento S.A.) e o Banco Central no âmbito do Processo PE 265407. O compromisso teve como objeto a cessação e correção da prática de fornecer à autoridade monetária documentos, dados ou informações em desacordo com os prazos e condições estabelecidos por normas legais ou regulamentares.

No total, foram cinco documentos, encaminhados ao presidente do BRB, Paulo Henrique Costa; ao presidente do Conselho de Administração, Marcelo Talarico; ao presidente do Comitê de Auditoria, Reinaldo Busch Carneiro; ao coordenador do Comitê de Riscos, Carlos Antonio de Vergara; e aos membros do Conselho Fiscal, Thiago Rogério Conde, João Antônio Fleury e Francisco Sotero Neto.

O Sindicato também pede uma reunião com o presidente do Consad, do Coaud, com o coordenador do Coris e com o CoFis para tratar do assunto, considerando que, embora o TC não represente confissão de culpa ou ilicitude das condutas, o banco e suas subsidiárias assumiram compromissos específicos para sanar as deficiências identificadas, incluindo a apresentação e implementação de um Plano de Ação para melhorias internas.

A questão ganha contornos ainda mais preocupantes diante da penalidade financeira imposta pelo TC, que totaliza R$ 2.160.000,00, sendo distribuída da seguinte forma: Banco de Brasília S.A.: R$ 1.500.000,00; BRB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.: R$ 190.000,00; BRB Crédito, Financiamento e Investimento S.A.: R$ 200.000,00.

Diante disso, o Sindicato questiona: quem será responsabilizado por essa penalidade? Quem pagará essa conta? A categoria exige explicações detalhadas sobre os impactos financeiros dessa multa e como o BRB pretende assegurar que novas infrações não voltem a ocorrer.

Além disso, o descumprimento do TC poderá acarretar penalidades adicionais e até mesmo a rejeição definitiva dos planos de ajuste, o que pode trazer consequências ainda mais graves para o banco e seus trabalhadores.

A transparência na gestão é uma obrigação do BRB, e os bancários não aceitarão qualquer tentativa de encobrir informações que afetam diretamente a instituição e seus funcionários. O Sindicato seguirá cobrando explicações e exigindo que os responsáveis respondam por essa situação.

Da Redação