O Sindicato vai apresentar no dia 15 deste mês, às 19h, na sede da entidade, os resultados da pesquisa Patologias e Adoecimento no Trabalho Bancário em Banco Digital. Realizado em parceria com o Gepsat (Grupo de Estudos em Práticas Clínicas, Trabalho e Saúde), o Laboratório de Psicodinâmica e a Clínica do Trabalho da UnB, o trabalho recebeu o nome de Telemarketing 2.0, e contou com a participação de 36 bancários.
Lançada pelo Sindicato no dia 28 de fevereiro, no Dia Mundial de Combate às LER/Dort (Lesões por Esforço Repetitivo e Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), a pesquisa foi coordenada pela professora Ana Magnólia, do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da UnB, e é uma ação pioneira no país, motivada pela observação das condições de estresse nos escritórios digitais e pelos depoimentos dos trabalhadores.
“O objetivo da pesquisa é subsidiar as políticas e práticas sindicais e institucionais de prevenção às doenças que afetam os bancários. Nesses locais, observa-se uma nova organização de trabalho que expõe os bancários a fatores que podem vir a desencadear as LER/Dort, além dos transtornos psíquicos, doenças ocupacionais que mais atingem a categoria”, esclarece a secretária de Saúde do Sindicato, Vanessa Sobreira.
Complexidade do sistema bancário
O Telemarketing 2.0 destaca que o sistema bancário brasileiro é marcado por sua complexidade. É composto por pessoas físicas e jurídicas interagindo em segmentos públicos ou privados com portes distintos. Em 2016, havia um total de 1.454 instituições financeiras no país, dentre as quais 138 conglomerados, bancos comerciais e múltiplos, bancos de desenvolvimento e a Caixa.
No Brasil existem os bancos exclusivamente digitais e os digitalizados – bancos tradicionais que possuem agências físicas e digitais.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
