Sem ressalvas, bancários aprovam prestação de contas de 2013 do Sindicato

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Em assembleia realizada na quinta-feira (20) na sede do Sindicato, os bancários e bancárias aprovaram por ampla maioria as contas do Sindicato referentes ao exercício de 2013. Com apenas um voto contrário, o balanço financeiro da entidade foi deliberado sem ressalvas. No total, foram arrecadados R$ 14,7 milhões, recursos quase que totalmente investidos pelo Sindicato, sendo a maior parte dos valores utilizados na Campanha Nacional 2013, incluído nesse montante a greve do ano passado. As despesas somaram R$ 14,4 milhões.

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“A assembleia de prestação de contas é uma prática que visa à transparência da gestão do Sindicato para os associados, aqueles que de fato sustentam a luta da categoria em busca por mais conquistas”, destacou o secretário de Finanças do Sindicato, Wandeir Severo.

Para ampliar conquistas, bancários precisam fortalecer o Sindicato

Os banqueiros, como qualquer outro patrão, detestam sindicato forte, combativo e com recursos para financiar suas lutas. Neste caso, não é demais esclarecer que os direitos dos trabalhadores não caem do céu, nem são dádivas dos bancos. São resultados de embates de classes.

E para continuar enfrentando à altura as instituições financeiras, o Sindicato precisa ampliar sua arrecadação. Isso só pode ser concretizado com a ampliação do número de associados. Assim, você que já é sócio da entidade e usufruiu das inúmeras conquistas, converse com seu colega de trabalho e peça para ele se associar ao Sindicato. Faça parte do nosso time na luta por melhores salários e condições de trabalho.

A contribuição pessoal e financeira dos trabalhadores para a luta tem como objetivo ético o reconhecimento da importância da campanha salarial e da dedicação do Sindicato à causa coletiva, com a conquista de melhores salários e condições de trabalho.

Apesar da grande influência dos banqueiros e da forte pressão da mídia, maior beneficiada das propagandas das instituições financeiras, os bancários mais uma vez garantiram reajuste salarial com aumento real e importantes avanços nas clausulas sociais gerais da categoria e também nos acordos específicos por bancos. Todas as conquistas só foram possíveis por dois motivos: a luta e a mobilização da categoria ao longo da Campanha Nacional 2013 e o investimento financeiro em organização, planejamento e estratégia para influenciar na construção da pauta e unidade do movimento.

“Para viabilizar uma greve de 26 dias no ano passado, o Sindicato investiu fortemente em organização e infraestrutura, conforme pode ser verificado em nosso balanço financeiro”, afirmou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo. “Fizemos investimento também na estratégia e planejamento da campanha, ampliando a nossa chance de derrotar a intransigência dos banqueiros”, acrescentou.

Entre os grandes investimentos efetuados na Campanha Nacional do ano passado, incluem-se, além do desembolso efetivo para a realização e manutenção de 26 dias de greve, a organização de congressos locais e participação nos encontros nacionais.

Para montar a infraestrutura e organização da greve e das atividades de campanha, foram gastos recursos com aluguel de equipamentos de som, palcos, banheiros químicos, contratação de prestadores de serviços diversos, aquisição de alimentação e água para participantes dos comitês de esclarecimento, viagens, hospedagens, transportes, combustível, locação de espaços para reuniões entre outras despesas.

Os números da campanha

Muito antes da greve, o Sindicato organizou inúmeras atividades, centenas de reuniões nos locais de trabalho, diversas assembleias e encontros de delegados, seminário dos bancos privados, congressos específicos do BB, da Caixa e do BRB, além do Congresso do Sindicato, para mobilizar e construir a pauta de reivindicações da categoria.

O Sindicato foi representado por mais de 100 delegados nos encontros nacionais: 24º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil e 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), ambos realizados em maio de 2013, em São Paulo, e 15º Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida em julho do ano passado, também na capital paulista, para defender a pauta local e aprovar as minutas/pautas nacionais de reivindicações da categoria, apresentadas aos banqueiros em 30 de julho do mesmo ano.

O Sindicato investiu pesado em material de divulgação e propaganda para a categoria e para esclarecimentos à população, com diversos anúncios nas emissoras de TV e rádio e nas redes sociais. Também foram contratados fotógrafos e divulgadores para apoio nos comitês de esclarecimentos à população e aos bancários.

“Com o objetivo de ampliar a visibilidade para nossas ações de convencimento e manifestações em praças públicas, rodoviária, feiras e em inúmeras linhas de ônibus, foram contratados artistas e músicos, esses chamados especialmente para compor a mídia da campanha do ano passado, intitulada Vem pra luta”, lembrou a secretária de Imprensa do Sindicato, Talita Régia.

Foram confeccionados cerca de 150 mil cartazes, 50 mil panfletos, mais de 50 mil jornais, 800 faixas, 1.000 camisetas, mais de 5 mil adesivos e locados 10 carros de som. Também foram organizadas duas passeatas, sendo uma na Esplanada dos Ministérios e outra na W3 Sul. Contratamos a veiculação de 150 anúncios (spots) nas diversas emissoras de rádio local, 30 anúncios nas TVs locais e 200 na TV Minuto no Metrô DF.

O vasto material utilizado nos 26 dias de greve do ano pasado se justificou pela grande quantidade de bancários e bancárias no DF – mais de 26 mil –, distribuídos em mais de 600 locais de trabalho, entre agências, postos de atendimento bancários e prédios administrativos. Parte do material também foi divulgado entre a população do Distrito Federal, estimada em mais de 2 milhões de habitantes.

Interditos proibitórios

Além dos gastos com estrutura, organização e comunicação, o Sindicato ainda poderá desembolsar grandes quantias em ações de interditos proibitórios movidas pelos bancos que ainda transitam na Justiça. Isso porque o Sindicato não se intimidou diante das inúmeras ameaças que sofreu por parte dos bancos.

“Para continuar garantindo reajuste salarial com aumento real e importantes avanços nas clausulas sociais gerais da categoria e também nos acordos específicos do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BRB, os bancários precisam manter nosso Sindicato forte, atuante e combativo”, destacou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília