A Secretaria de Mulheres do Sindicato abre as inscrições para a segunda turma da oficina de Arpillera, técnica de bordado popular de resistência chilena. Sucesso entre as mulheres, a oficina terá início na próxima terça-feira (4), na sede do Sindicato. Para garantir uma vaga na turma, basta enviar e-mail para mulheres@bancariosdf.com.br até o dia 3. A oficina é gratuita e as vagas são limitadas.
As aulas serão realizadas às terças e quintas-feiras, das 16h às 18h. No período do carnaval, a turma fará uma pausa, retomando as atividades no dia 3 de março. Os bordados produzidos durante a oficina serão expostos no foyer do Teatro dos Bancários no dia 26 de março, dentro da programação do Sindicato para o Março das Mulheres.
Na primeira edição da oficina, 20 mulheres tiveram a oportunidade de, além de aprenderem os primeiros passos do trabalho realizado em telas rústicas, interagirem e conhecerem um pouco mais sobre a cultura de resistência da população do Chile.
A artista chilena Inés Fuentes será facilitadora desta segunda turma.
Resistência das mulheres chilenas
Arpillera é uma técnica de bordado que surgiu em Isla Negra, litoral do Chile. Os primeiros trabalhos foram realizados em telas rústicas, como sacos de batatas ou de farinha, com a aplicação de retalhos contornados com bordados de lã. Bordar uma peça de Arpillera é uma forma de expressar sentimentos, emoções, ideais, sonhos e conceitos através da combinação de cores, formas e texturas.
Em 1964, Violeta Parra foi a primeira artesã a expor suas criações no Museu de Louvre. Ela se referia ao seu trabalho artesanal como canções que se pintam.
Durante a ditadura militar chilena, a técnica foi utilizada por familiares de presos e desaparecida para expressar no bordado a situação em que viviam. Esses trabalhos percorreram o mundo e tinham um forte conteúdo de denúncia sobre a violação dos direitos humanos.
Da Redação
