A Saúde BRB, plano de saúde dos empregados do banco, desde o mês de junho passado não recebe os repasses da Associação dos Empregados (AEBRB) para complementar o custeio dos gastos pela utilização do plano. É importante destacar que o motivo de existência da AEBRB é justamente o de auxiliar no custeio da saúde dos empregados, e ela é responsável por 25% dos gastos assistenciais do plano.
Em função de não fazer os repasses, a Saúde BRB, desde aquele mês (junho) opera no vermelho, e só não está com déficit porque está utilizando recursos acumulados ao longo do tempo, recursos que estão/estavam aplicados. Esses recursos constituem um colchão de segurança para a Saúde BRB. Desde junho de 2021 até agora foram utilizados mais de R$ 10.000.000,00 (dez milhões) das aplicações da Saúde BRB. Com isso, a Saúde já deixou de receber aproximadamente R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) em rendimentos, que poderiam estar sendo acumulados para garantir este colchão de segurança, extremamente necessário para situações de risco sempre presentes no mercado de saúde.
A Associação não esclareceu até hoje o porquê de ter interrompido os repasses, e apenas afirma laconicamente que a interrupção se deve pela incerteza quanto à conclusão das negociações de troca de ações em curso com o GDF, processo este que consiste na troca da participação da AEBRB na BRBCard por ações do BRB banco.
“Esta é uma justificativa que não se sustenta, pois desde 24 de junho a operação está aprovada, tendo sido consolidada em assembleia de acionistas ocorrida naquela data. Não se sustenta ainda pelo fato de que a AEBRB continua a receber os valores referentes à estipulação do seguro prestamista do BRB, os aluguéis dos imóveis de sua propriedade e também os dividendos decorrentes da participação acionária na BRBCard”, afirma Eustáquio Ribeiro, diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e conselheiro deliberativo suplente da Saúde BRB.
É fundamental a AEBRB responder de forma clara e convincente o que a levou a suspender os repasses. É importante sempre lembrar que a Associação pertence aos empregados, o patrimônio da AEBRB é dos empregados, assim, os gestores deveriam, no mínimo, consultá-los sobre esta decisão agressiva. Nunca podemos esquecer que esta interrupção de repasse cria graves problemas para a Saúde BRB, e por tabela, agride o conjunto dos empregados do BRB que são participantes do plano de saúde e donos do patrimônio da Associação.
Na última semana houve mais um passo decisivo para a finalização do processo de troca de ações entre o GDF e a Associação: a assinatura por parte do governo no acordo. Esta é mais uma demonstração de que o negócio está absolutamente consolidado, e não existe motivo racional para a AEBRB manter esta estúpida medida que penaliza a Saúde BRB, e, por conseguinte, todos os empregados do banco.
“O Sindicato e a Federação Centro Norte expressam seu repúdio de forma veemente a esta medida unilateral e despropositada, e cobra da Associação a imediata retomada dos repasses. Cobra ainda que a Associação repasse os valores referentes à perda de rendimentos das aplicações que a Saúde BRB teve de utilizar para cobrir seus gastos correntes em função da medida desnecessária tomada pela atual gestão da AEBRB”, finaliza Ivan Amarante, diretor da Fetec e conselheiro fiscal da Saúde BRB.
Da Redação
