Para debater a proposta do BB, o Sindicato realiza nova plenária hoje, às 17h. Para participar, é só acessar: https://bit.ly/33cm5FX
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco na tarde desta terça-feira (7) para debater o retorno ao trabalho presencial do grupo de risco. Por força de ação do Sindicato, que conseguiu do BB compromisso em audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho, requerida pela entidade sindical, o banco tinha prazo até esta terça para dar uma resposta sobre as demandas dos representantes dos trabalhadores referentes à manutenção do grupo de risco em home office.
“Reconhecemos a importância de o BB retomar a mesa de negociação para que o entendimento seja estabelecido. Em parte isso se deu com o banco, ao admitir a tese do movimento sindical sobre os trabalhadores – acompanhados dos seus médicos assistentes que tiverem laudos – com recomendação expressa de continuidade do trabalho remoto, dada a fragilidade da sua saúde à exposição da covid”, afirma o presidente do Sindicato, Kleytton Morais. “É um avanço, sem sombra de dúvidas. Porém, o que é sensível e destacamos de atenção na proposta é o fato de o BB só reconhecer tacitamente essa situação (de permanência em teletrabalho) para três casos: PCDs com déficit auditivo, imunossuprimidos e pessoas em tratamento contra câncer”. Também permanecerão em home office grávidas e pessoas que não têm cobertura vacinal completa por orientação médica.
“Nossa avaliação é de que precisaremos empreender nossos esforços na fiscalização permanente dos locais de trabalho. Nesse sentido, a participação e a compreensão de todas e todos na adoção de mecanismos de proteção à saúde serão fundamentais para que esse êxito se dê. Da mesma forma, as comissões de fiscalização estabelecidas em mesa de negociação, com poderes para realizarem recomendações, é um outro critério a ser rigorosamente cumprido”, frisou Kleytton.
Para debater a proposta do BB, o Sindicato realiza nova plenária virtual hoje, às 17h. Para participar, acesse: https://bit.ly/33cm5FX
“Consideramos um avanço esse retorno do banco, fruto de reiterados pedidos nossos, representantes dos trabalhadores, para proteger funcionárias e funcionários em condições que os colocam no grupo de risco”, pontou Fernanda Lopes, secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB. “Cada dia no trabalho presencial é um grande risco de vida para esse grupo de pessoas, mesmo que vacinadas. A pandemia não acabou”, completou.
Os bancários que se enquadrarem no grupo que deve permanecer em trabalho remoto deverão encaminhar laudo médico comprovando a condição e indicando afastamento do trabalho presencial aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), localizados nas Gerências Regionais de Gestão de Pessoas.
Mobilização nacional
A CEBB cobrou do banco mais contratações, único meio para resolver a sobrecarga e melhorar as condições de trabalho nas agências e unidades administrativas do BB. Os representantes dos funcionários do BB reivindicaram, ainda, a implementação do acordo de teletrabalho.
Também nessa terça-feira (7), horas antes da mesa de negociação entre a CEBB e o BB, funcionários e funcionárias do banco realizaram o Dia Nacional de Luta, denunciando a sobrecarga no trabalho por causa da implementação de metas abusivas e da redução do quadro de pessoas.
Da Redação com informações da Contraf-CUT
