Preocupação com o futuro do BRB aumenta após GDF lançar edital para viabilizar privatização do Metrô

0

A intenção do governador Ibaneis de privatizar as estatais do DF segue a todo vapor. E, aos poucos, a venda do Metrô para a iniciativa privada vai se tornando realidade. Nesta segunda-feira (22), o GDF publicou no Diário Oficial (DODF) um termo de autorização para que sejam iniciados os estudos de viabilidade para concessão de gestão, operação e manutenção do modal da Companhia Metropolitana. Onze empresas vão participar das análises preliminares da eventual parceria-público-privada (PPP).

O Sindicato considera que mais esse passo do governo rumo às privatizações seja um sinal de alerta de que o BRB possa ser o próximo alvo.

Essa decisão, na verdade, expõe uma contradição e enseja o alerta da opção do governo pela privatização.

Embora o governador já tenha afirmado que, pelo menos por enquanto, o Banco de Brasília não esteja no pacote das empresas a serem privatizadas, as ameaças estão sempre rondando.

Os dirigentes sindicais identificam contradições do executivo local, em episódios, por exemplo, quando recusou negociar com os trabalhadores do metrô e ao descumprir e desfazer acordo fechado com o Sindágua.

Mesmo sabendo que o governo tem muito mais a ganhar com o fortalecimento do BRB, que é um patrimônio do povo de Brasília, além de prestar relevante serviço social ao GDF, a movimentação do governador Ibaneis põe todos em alerta.

Caso atinja o banco, conforme já reiterado, essa medida danosa poderá gerar grandes perdas aos trabalhadores, clientes, consumidores e usuários de seus serviços.

“Diante disso, intensificaremos e fortaleceremos o Fórum em Defesa das Estatais do DF, e outras ações necessárias, em irrestrita solidariedade aos trabalhadores da CEB, Caesb e Metrô, que, juntamente com BRB, são empresas públicas estratégicas para a população do DF”, destaca o diretor do Sindicato e bancário do BRB Ronaldo Lustosa.

Estratégia

“Causa estranheza o fato de que esse termo de autorização só tenha sido publicado após o fim da greve dos metroviários, que durou 77 dias. Tudo indica que pode ter sido proposital, com o objetivo de preparar os usuários do Metrô e a população em geral para a privatização, uma vez que, insatisfeitos com a paralisação, eles são levados a acreditar que a venda da empresa possa solucionar os problemas no transporte metroviário”, observa Edson Ivo, diretor do Sindicato.

Da Redação